A abertura de uma consulta pública para debater critérios técnicos na veiculação da publicidade institucional em sites, portais e blogs representa um marco na evolução da política de comunicação pública no Brasil. Trata-se de uma iniciativa que une transparência, eficiência e modernização administrativa — pilares fundamentais para uma gestão.
Ao abrir o debate à sociedade o Estado sinaliza que a comunicação pública deve operar em um novo patamar de exigência. É uma mudança de paradigma: sai o modelo sustentado por percepções genéricas, entra o modelo ancorado em dados verificáveis, critérios auditáveis e planejamento estratégico de mídia.
Nos últimos anos, o ecossistema da comunicação institucional se diversificou e se tornou mais complexo. A proliferação de veículos digitais, o surgimento de mídias segmentadas e independentes, os avanços nas ferramentas de mensuração e a transformação no consumo de informação exigem, com urgência, a adoção de parâmetros técnicos claros para o planejamento, a contratação e a avaliação da publicidade oficial.
Mais do que comunicar ações de governo, a publicidade institucional cumpre um papel de utilidade pública: convocar, orientar, educar, mobilizar. Para que esse papel seja exercido com eficácia, é indispensável que os canais contratados tenham lastro técnico, perfil editorial compatível com a mensagem e efetivo alcance sobre os públicos-alvo.
Ao dar esse passo, Alagoas se posiciona como referência nacional no redesenho da política de comunicação pública. Não se trata apenas de uma consulta — trata-se da construção de um novo marco institucional, onde técnica, responsabilidade e transparência se unem para modernizar a relação entre Estado, mídia e sociedade.