O colegiado de juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, do Poder Judiciário de Alagoas, homologou um aditamento ao acordo de colaboração premiada dos gêmeos conhecidos nacionalmente por sortear veículos, informou o delegado da Polícia Civil, Filipe Caldas. 

Segundo a PCAL, com este novo acordo, além dos R$5 milhões já doados em bens à Polícia Civil de Alagoas, foram entregues mais R$200 mil em equipamentos de última geração, incluindo computadores, aparelhos de ar-condicionado, Smart TVs e impressoras, o que marca o encerramento definitivo do processo que investigava os colaboradores.

“Os gêmeos, sob orientação técnica de seu advogado, regularizaram suas atividades após o processo de colaboração premiada. Passaram a recolher tributos e a destinar parte de sua arrecadação a instituições beneficentes”, disse a PC. 

Além disso, destacou que todo o trâmite foi acompanhado de perto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Procuradoria Geral do Estado, resultando na homologação judicial pela 17ª Vara Criminal da Capital.

A investigação que levou a essas ações foi conduzida pela Seção de Crimes contra Instituições Financeiras da Polícia Civil de Alagoas, coordenada pelo delegado Filipe Caldas.

Relembre o caso 

Adamy Lino de Almeida, Allef Lino de Almeida, José Anderson Lino de Almeida e Heráclito de Brito Silva foram presos, no início de novembro de 2022, durante uma operação da Polícia Civil que apreendeu carros de luxo que seriam sorteados em uma rifa ilegal.

No total foram expedidos cinco mandados de prisão para Alagoas e dois para a Bahia. Ao todo foram apreendidos 24 veículos, sendo 23 automóveis e um caminhão; 26 motocicletas; quatro revólveres; R$ 122 mil em espécie; além de mais de R$ 65 milhões em contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas no estado e fora do estado.

Os delegados Cayo Rodrigues e Felipe Caldas, em entrevista coletiva à imprensa, explicaram que a compra dos carros era legal, mas a partir do momento que eles transferiram para outras pessoas, se tornou lavagem de dinheiro.

Os suspeitos foram autuados por lavagem de dinheiro, exploração de jogo de azar, organização criminosa, falsidade ideológica e exploração de jogo de azar.

*Com assessoria