A 8ª Vara Criminal da Capital manteve a prisão da ex-servidora da Prefeitura de Coruripe que foi detida pela Polícia Civil de Alagoas em abril deste ano por envolvimento no assassinato de Ewerton Douglas Da Silva, no Tabuleiro dos Martins, no ano de 2009.

Segundo os autos, a defesa da acusada havia solicitado a revogação da prisão preventiva sob o argumento de ausência de indícios de autoria.

Ao analisar o pedido, o juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal, destacou que há, nos autos, fundados indícios em desfavor da acusada e manteve a prisão preventiva. Como argumento, o magistrado ressaltou ainda que a importância da prisão da acusada uma vez que a mesma passou mais de 10 anos sendo procurada após o decreto de sua prisão.

“A prisão também se faz necessária para assegurar eventual aplicação da lei penal, uma vez que a prisão foi decretada no ano de 2014 e só foi efetivamente cumprida no corrente ano, cerca de 10 (dez) anos após o decreto e o indício da ação penal, permanecendo a acusada em local incerto e não sabido durante todo este lapso temporal, inclusive sendo suspenso o processo, conforme Decisão de fls. 180-181, o que indica a fuga do distrito da culpa. (…) Assim sendo, mantenho a prisão preventiva da acusada, nos termos dos artigos 312 e 313 c/c art. 316, parágrafo único, todos do Código de Processo Penal”, decide o juiz.

A mulher é acusada de atrair Ewerton Douglas Da Silva, na época com 19 anos, para uma emboscada. A vítima, Ewerton Douglas, foi assassinado por volta das 3h30 do dia 09 de março de 2009, na Rua Mensageiro José Raimundo, Tabuleiro dos Martins. A motivação seria uma dívida de R$35,00.

Segundo os autos, um dos executores se sentiu ameaçado por Ewerton Douglas após a vítima tirar satisfação com ele. Assim sendo, o executor, junto com outro comparsa, resolveu assassiná-lo. Após o plano para assassinar a vítima, a ex-servidora de Coruripe foi chamada para ajudar e seria a responsável por atrair o rapaz para a emboscada. No momento do crime, a vítima foi cerca e morta a tiros.

A Polícia Civil de Alagoas informou que desde o crime, a acusada teria fixado residência em Maceió, Teotônio Vilela e Coruripe, onde foi presa na manhã do dia 10 de abril deste ano, quando chegava para trabalhar em um departamento da Prefeitura de Coruripe. A suspeita tinha sido contratada há dois. Durante a prisão, a mulher negou qualquer participação na morte de Ewerton Douglas.

Matéria baseada no processo de número 0725382-66.2013.8.02.0001.