"Carinhosa e atenciosa com os filhos", diz testemunha do Caso Cibele Maria; júri segue em andamento

25/04/2024 11:00 - Justiça
Por Redação
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Em júri que acontece na manhã desta quinta-feira (25), no Fórum do Barro Duro, em Maceió, o réu Leonardo Teixeira da Silva, acusado de matar Cibele Maria de Melo, em 2022, está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado. 

No decorrer da sessão conduzida pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal, uma das testemunhas ouvidas, que à epoca estava conhecendo a vítima e tentando iniciar um relacionamento, relatou que antes do crime passaram a noite junto e por volta das 5h da manhã, ele foi embora. Após isso, ela apenas avisou que estava saindo de casa e eles não tiveram mais contato.

“Ela era carinhosa, educada, atenciosa com os filhos", diz a testemunha que só soube da notícia do assassinato no período da tarde. Ele ainda relata que Cibele chegou a conhecer sua mãe e cuidou dela enquanto tinha problemas de saúde. 

O juiz questionou se ela em algum momento demonstrou ser garota de programa ou se tentava pedir dinheiro para que ficassem juntos, já que foi alegado pela defesa. O homem diz que não. 

No dia anterior à morte, a testemunha afirma que ela recebeu muitas ligações e que ficava muito nervosa com tais. A vítima explicou a ele que o réu a perseguia e oferecia dinheiro para que ficassem juntos, mas ela recusava. E que ela já teria ficado com Leonardo, porém teria desistido da relação. 

O irmão de Cibele garante que, por meio das imagens da Delegacia de Homicídios, reconheceu o acusado que estava vestindo uma camisa da Mancha Azul enquanto aparece descendo da van com a vítima na praia.

Relembre o crime 

O corpo de Cibele foi encontrado no dia 9 de outubro de 2022. Ela estava sem roupa, com uma lesão da região da testa e apresentava sinais de violência sexual. A identificação da vítima ocorreu dias depois por uma equipe da Polícia Científica comandada pela perita odontolegista Ana Paula Nemésio.

O órgão identificou a vítima destacando que ela era alagoana, natural de Maceió e que residia no bairro de Ipioca. De acordo com a Polícia Científica, a identificação ocorreu após um exame de necropapiloscopia.

As causas da morte, segundo o perito médico legista Avelar Holanda, responsável pela necropsia no cadáver de Cibele, foi afogamento. Porém, o exame constatou diversas lesões no corpo e fraturas no rosto.

Ainda de acordo com o TJ/AL, o inquérito policial aponta que as imagens das câmeras de um hotel mostraram Leonardo acompanhando Cibele até o local do crime. O réu foi interrogado, mas permaneceu em silêncio.

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