O ex-soldado da Polícia Militar de Alagoas Josevildo Valentim dos Santos Júnior, acusado de assassinar Maria Aparecida Pereira e de tentativa de homicídio contra o seu namorado Agnísio dos Santos Souto, será levado a júri nesta quinta-feira (16) , a partir das 9h, no Fórum Jairon Maia Fernandes, no Barro duro, em Maceió.

A assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual lembrou que no dia 13 de julho de 2023, o júri popular foi suspenso devido a abandono processual do advogado de defesa de Josevildo Valentim.

“O Ministério Público está preparado para apontar a crueldade promovida pelo réu, crimes cometidos com frieza, gerando sofrimento às vítimas antes de decidir matá-las. Sequestrou o casal que estava na porta de casa, levou para uma mata, estuprou a moça enquanto o namorado estava no porta-malas do seu carro, retirou-o e com o propósito de causar-lhe dor, matou a namorada na sua frente. Depois efetuou dois disparos na direção do rapaz que, por sorte, sobreviveu e narrou toda a barbárie. Sustentaremos nosso pedido para que seja condenado por homicídio triplamente qualificado contra a mulher, por motivo torpe, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima e com o agravante de feminicídio, pois precisamos dar uma resposta à sociedade e mostrar que criminosos não podem ficar impunes. Acreditamos que a justiça será feita”, declarou o promotor Vilas Boas.

O caso

Em 15 de outubro de 2019, Aparecida e Agnísio - que tinham um relacionamento amoroso - estavam na porta de casa, no Ponta Grossa, quando Josevildo, que trafegava pela região com seu veículo, se aproximou do casal e os rendeu utilizando uma arma de fogo.

Agnísio relata que o Josevildo ordenou que as vítimas entrassem no carro, e foi colocado na mala do veículo, enquanto  Aparecida ficou no banco do passageiro. Josevildo dirigiu até o Pontal da Barra. Ao chegar no local, o acusado iniciou o estupro.

Em seguida, o réu abriu a mala do veículo e ordenou que Agnísio saísse. Josevildo disparou quatro vezes contra ele, tendo um dos tiros acertado a vítima na nuca. Em seguida, o réu disparou duas vezes contra Aparecida, que morreu no local.