Está acontecendo nesta terça-feira (31), o julgamento do italiano Pasquale Palmieri, de 74 anos, acusado de matar o bacharel em direito José Benedito Alves de Carvalho no dia 9 de março de 2021, na frente do Fórum de Maceió, no bairro Barro Duro. Ao todo, sete testemunhas serão ouvidas.
Pasquale responde pelas acusações de homicídio contra José Benedito Alves de Carvalho; tentativa de homicídio contra Maricélia Schlemper (esposa de Benedito) e tentativa de feminicídio contra Dhanalutchmee Palmieri, ex-mulher do acusado, conhecida como Sandra. Há ainda a acusação de porte ilegal de arma de fogo.
A ex-esposa do acusado confessou, durante o julgamento, que foi alertada pela filha mais velha de Pasquale – que ela ajudou a criar - que ele havia comprado uma arma para matá-la.
“Ele ameaçou me arremessar com a minha filha caçula do sexto andar de onde eu morava”, afirmou Sandra.
Quem também foi ouvido foi o guarda que estava na porta do Fórum. Ele disse que Pasquale apontou a arma em sua direção e falou que “iria contar até três” para ele baixasse a arma.
Ainda segundo o guardo, no carro foram encontradas munições novas de calibre 32, arma usada pelo italiano.
O promotor Frederico Monteiro iniciou sua fala citando Rui Barbosa. "Assim que o réu adentrou aquela porta, senhores, lembrei de uma frase de Rui Barbosa. Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois canalhas também envelhecem".
Ele pede que o Conselho de Sentença acate as qualificadoras.
A defesa requereu o afastamento das acusações de tentativas de homicídio e feminicídio contra as duas mulheres, no entanto, o juiz Filipe Munguba, que proferiu a sentença de pronúncia, entendeu que tais fatos devem ser julgados pelos Júri.
“Apesar da negativa [...], as provas colhidas em Juízo são suficientes para levar o réu ao crivo do Conselho de Sentença em relação a todas as imputações constantes na denúncia, posto Maricélia e Sandra afirmaram em Juízo que foram as primeiras na mira da arma do réu, que chegaram a ouvir estampidos, mas a arma falhou, e que ainda correram perseguidas pelo réu, que dizia que ia matá-las”, diz a sentença.