O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) vai pedir a apuração do assassinato do professor de matemática Cristiano Marinho, 31 anos, ocorrido em Arapiraca, no Agreste alagoano. Ele foi encontrado com perfurações de arma branca no corpo na residência em que morava, no bairro João Paulo II, na tarde dessa quinta-feira (10).
O presidente do GGAL, Nildo Correia, disse ao Cada Minuto, que a entidade vai procurar a delegacia responsável pela investigação do caso, para pedir a apuração do caso e procurará a família do professor para prestar apoio.
“A partir de segunda-feira (14) entraremos em contato com o distrito responsável, como também estamos buscando informações de contato dos familiares para oferecermos o nosso acolhimento jurídico”, disse Nildo.
Há suspeita de que a morte de Cristiano tenha motivação homofóbica. Nildo ser cedo para afirmar com precisão, mas que o papel do GGAL é cobrar e acompanhar a apuração da morte do professor. "
“Ainda é cedo, mas independente da motivação, é papel da instituição cobrar a apuração do caso e pedir a punição do ou dos assassinos”, afirmou o presidente do GGAL.
Cristiano Marinho é a segunda pessoa LGBTQIA+ a ser assassinada nos três primeiros meses do ano, em Alagoas. A primeira morte registrada no estado foi da transexual Jasmyne, 20 anos, também assassinada a facadas, no dia 08 de janeiro, no bairro Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió.
Em todo o ano de 2021, foram 13 mortes em Alagoas, segundo dados do relatório “Mortes Violentas de LGBTQIA+ no Brasil.
O caso
O professor Cristiano Marinho, 31 anos, estava desaparecdo há dois dias, e foi encontrado morto nessa quinta-feira, 0, dentro de uma casa situada no bairro João Paulo II, na cidade de Arapiraca.
Segundo informações da polícia, o irmão de Cristiano o encontrou já sem vida. O corpo estava com perfurações, possivelmente provocada por arma branca, na região da cabeça, costas e braços.
À polícia, o irmão do professor disse ele estava sem fazer contato com os familiares há dois dias. Há suspeita de o crime tenha ocorrido nesse tempo, devido o estado do corpo.
O Instituto Médico Legal foi acionado para realizar os procedimentos cabíveis. O corpo de Cristiano foi velado em Arapiraca e foi sepultado no estado de Pernambuco.
A investigação do crime está a cargo da Delegacia de Homicídios de Arapiraca e o delegado Felipe Caldas é o responsável.