A rejeição a Bolsonaro – e Lula quase lá!

16/12/2021 11:47 - Blog do Celio Gomes
Por redação
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Mais uma pesquisa atesta o favoritismo de Lula para 2022. Segundo os números do Ipec, o ex-presidente lidera com 48% da preferência do eleitorado. Em segundo lugar, Bolsonaro tem 21%. Sergio Moro, o juizinho incompetente e parcial, vem num distante terceiro lugar, com 6%. O ex-ministro e eterno encrenqueiro Ciro Gomes tem 5% das intenções. O resultado completo é cheio de boas notícias para o petista. E é desesperador para Jair Messias.

Quando se leva em conta apenas o conjunto dos votos válidos, sem brancos e nulos, Lula alcança 56%. Hoje ele tem mais votos do que todos os demais candidatos juntos. Com esse desempenho, o postulante do PT venceria a eleição no primeiro turno. Mais do que um desejo de seus simpatizantes e apoiadores, essa é uma perspectiva tranquilamente realista.

Como já escrevi aqui, diante do cenário terrivelmente negativo, Bolsonaro vai aprontar coisas piores do que já aprontou ao longo do mandato até agora. Teremos uma situação mais grave do que aquela dos Estados Unidos em 2020. O miliciano do Planalto não aceitará a derrota, assim como fez seu ídolo americano Donald Trump.

Um sinal de que nada mudou – nem mudará – na cabeça doente desse marginal foi o novo ataque ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Já o general Augusto Heleno voltou a proferir mais uma de suas falas delinquentes, também com ameaça ao jogo democrático. Ministro da Segurança Institucional, o velhinho (golpista maluquete) disse que “todo dia” tem de acalmar a fúria de Bolsonaro contra o Supremo...

Em declínio permanente nas pesquisas, primeiro Jair Messias fará de tudo para virar o jogo. A campanha do capitão da tortura já transforma a máquina pública em laboratório de compra de voto. O auxílio que substitui o bolsa-família é uma aventura com prazo de validade – acaba assim que as urnas forem fechadas.

O uso da máquina também se caracteriza pela perseguição a adversários, a partir de mecanismos e informações privilegiadas que viabilizam “investigações” sobre escândalos fabricados. É a escola da Lava Jato, a operação que mesmo desmoralizada sobrevive com seus métodos forjados na mais escandalosa ilegalidade. Ciro Gomes acaba de experimentar a truculência desse tipo de jogada.

Outros índices atormentam o líder da seita e seus súditos. Por exemplo: segundo o Ipec, nada menos que 70% dos brasileiros dizem não confiar em Bolsonaro. Ou seja, sete entre dez sabem que a palavra e os compromissos do presidente valem tanto quanto uma nota de três reais. Não é uma “conquista” que acontece do nada.

Na corrida eleitoral, Bolsonaro tem mais de 60% de rejeição, o índice que revela os eleitores que afirmam não votar no candidato de jeito nenhum. É impossível vencer uma eleição sendo rejeitado de maneira tão acachapante. Na avaliação do governo, 55% consideram a gestão bolsonarista ruim ou péssima. Não há um número positivo para o marido da Michele.

As eleições presidenciais do ano que vem representam o maior teste para nossa democracia desde 1985, quando o último general golpista deixou o Planalto pela porta dos fundos. Um desfecho entre patético e melancólico. E Bolsonaro pode repetir isso daí, com uma diferença: em vez de ir pra casa, pode pegar o beco direto pra cadeia.

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