Todo esquema de fraude montado por falsos agricultores no Sertão Alagoano, alvo de uma operação da Polícia Federal, foi denunciado por um empresário, que foi aliciado pelos envolvidos e sofreu retaliações por não aceitar participar do pratica crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

O empresário prestou um Boletim de Ocorrência depois que sua empresa foi descredenciada para fazer os processos técnicos para o banco, onde os agricultores conseguem os recursos o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

De acordo com o delegado da Delegacia de Repressão a Desvios de Recursos Públicos Financeiros e Combate à Corrupção (Delecor) da Polícia Federal (PF), Jorge Eduardo, contou que o empresário foi procurado por um gerente do Banco do Brasil para participar do esquema e se recusou. 

Com essa recusa, todos os processos da empresa começaram a ser negados e com o tempo a empresa foi descredenciada, quando ele procurou a polícia. 

De acordo com a PF, um grupo estava operando com a simulação de contratos de promessa de compra e venda para sugerir titularidade de uma propriedade rural para conseguir o financiamento bancário.  A PF afirmou que o grupo pode ter desviado aproximadamente 1,5 milhões de reais.

A Polícia Federal apura agora a participação de funcionários no esquema, que estava sendo operado nas cidades de Delmiro Gouveia, Mata Grande e Olho D´Água das Flores. O Banco do Brasil vem colaborando com as investigações.