Os casos de covid-19 em Alagoas seguem em baixa. O governador Renan Filho anunciou na semana passada que iria manter o uso de máscaras em ambientes fechados e no transporte público, mas que iria suspender as últimas restrições.
Com esses ‘avanços’, é possível afirmar que estamos chegando ao fim da pandemia? Como se decreta o fim?
Especialistas ouvidos pelo Cada Minuto explicaram se é o momento de flexibilizar mesmo com os casos em baixa.
A infectologista Luciana Pacheco disse que o fim de uma pandemia ocorre com o controle da doença mundialmente. “No contexto da covid essa resposta é complexa porque existem várias situações envolvidas”.

Segundo ela, no caso de doenças preveníveis, a vacinação é uma das vertentes mais importantes para esse controle.
“Quando sabemos que existem países com baixo nível de pessoas vacinadas como na África principalmente por falta de condições de adquirir os imunizantes, quando vemos bolsões de não vacinados em países com pessoas negacionistas e os casos aumentando, como em países da Europa, fica difícil falar em fim de pandemia”, comentou Luciana.
Para ela, é preciso olhar o que se “aprendeu” de maneira até ‘cruel’ para que algumas medidas sejam tomadas. “Com a necessidade de criação de leitos para a assistência aos pacientes, continuar monitorando o número de casos e óbitos para retorno de medidas emergenciais, e olhar para um momento de aceleração da vacinação, inclusive com doses de reforço, como é o caso do Brasil”.
Pacheco não acredita que agora é o momento de “retirar a barreira mais próxima” que é a máscara.
“A flexibilização exige prudência, principalmente neste momento em que as aglomerações vão acontecer nas confraternizações de Natal e Réveillon", destaca.
O infectologista Fernando Maia reforçou que o fim da pandemia, assim como o início, é definido pela OMS, baseado no número de casos, mortes e taxas de ocupação hospitalar.
“Como estamos em redução de casos e mortes, já se pode avaliar a retirada das máscaras em locais abertos”, comentou Maia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia, já que houve uma piora considerável no Reino Unido, na Alemanha, na Hungria, na Áustria e na Ucrânia.
No dia 4 de novembro, o diretor regional da OMS, Hans Kluge, disse que a situação representa uma "grave preocupação" e que a região está "num ponto crítico para a ressurgência pandêmica".
Vacinação em AL
Atualização deste domingo (21), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), mostra que 4.162.043 doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas em Alagoas.
São 2.321.027 pessoas vacinadas com a primeira dose (D1), 1.703.710 com a segunda dose (D2) ou dose única (DU) e 137.306 com a dose de reforço (DR) e dose adicional (DA).