Depois de ter sido condenado em júri popular, o soldado reformado Ary do Nascimento e Silva foi expulso da Polícia Militar com a conclusão do procedimento administrativo julgado pelo Conselho de Disciplina da Corporação pela morte do jovem Pedro Henrique Araújo de Gusmão, 27 anos, no município de Passo do Camaragibe em 2019. 

A vítima participava de uma festa junina na região, quando foi atingida por um tiro no peito efetuado pelo soldado. Em março deste ano, a Justiça condenou Ary a 14 anos de prisão e manteve a prisão preventiva do acusado devido. 

“No mais, mantenho a prisão preventiva do acusado, considerando que, comprovada a materialidade e a autoria delitiva, devidamente explicitadas nesta decisão, está também presente o requisito da garantia da ordem pública elencado no art. 312 do Código de Processo Penal, pois a gravidade em concreto dos delitos está demonstrada em razão de que o crime foi cometido de surpresa contra vítima que não estava participando da confusão anterior envolvendo o acusado e uma das testemunhas, de forma que esta sequer teve chances de se defender, tendo sua vida sido ceifada sem que nada tivesse feito para o acusado”, disse trecho da decisão. 

O processo no Conselho de Disciplina da Polícia Militar correu a revelia do acusado, que alegou ser portador de doença mental e não prestou depoimento, além de não ter apresentado testemunhas que pudessem contribuir com sua inocência. 

O processo de homicídio segue grau de recurso.