Por vaga no STF, Humberto Martins ainda tem como 'jogar'

03/09/2021 10:27 - Voney Malta
Por redação
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Movimenta aqui,  movimenta acolá, e de posicionamento de peça em peça o jogo para a vaga no no Supremo Tribunal Federal (STF) continua possibilitando ao alagoano Humberto Eustáquio Soares Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a manter-se na disputa.

Como André Mendonça, ex-ministro de Justiça de Bolsonaro, tem tido dificuldades de ser recebido por alguns senadores e está vendo a marcação da data da sua sabatina ser boicotada na Comissão de Constituição e Justiça, Humberto Martins aproveita a chance.

De acordo com Bela Megale, no O Globo  (leia aqui), para agradar Bolsonaro "o  magistrado passou a se movimentar para acelerar a elaboração da lista de candidatos para ocuparem as duas vagas abertas no tribunal. Os nomes são escolhidos pelo presidente da República a partir de uma lista quádrupla elaborada por membros da corte."

"No início do mês, os magistrados decidiram que a sessão que definirá os candidatos só acontecerá quando se reunirem presencialmente, o que não vai acontecer até outubro. A opção de jogar para frente a elaboração da lista também foi uma resposta aos ataques de Bolsonaro ao Judiciário", diz a jornalista.

Segundo ela, membros do governo federal temem que os  ministros do STJ segurem as indicações até 2022, por isso teriam pedido celeridade e acenado a Humberto Martins "com a possibilidade de ele alcançar o sonho de ir para o Supremo, mesmo com a indicação de André Mendonça oficializada".

É aí que entra no circuito o também alagoano presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP). Ele articula uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que passa de 65 para 70 anos a idade máxima para indicação ao STF (leia aqui).

É o 'queijo com mel' que falta para Humberto Martins continuar com chances de chegar ao STF uma vez que ele completa 65 anos em 7 de outubro.  

Ou seja, caso a tendência de rejeição por parte do Senado a André Mendonça seja confirmada, tudo pode dar certo.

Ao presidente Bolsonaro é estratégico fazer indicações nas cortes superiores para manter a arenga contra governadores e adversários, e proteção para si e para os seus filhos, claro.

 

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