Faz mais de 100 dias que  Lucas Matheus, Alexandre Silva, Fernando Henrique, de 8, 10 e 11 anos, meninos pretos, pobres e periféricos cariocas  estão desaparecidos.

Os meninos moradores da Baixada Fluminense, região despovoada de políticas públicas e sem atrativos midiáticos para a imprensa fazer a notícia  correr mundo afora,  saíram para brincar  e sumiram. O fato aconteceu dois dias depois do Natal de 2020, em 27 de dezembro de 2020. 

O emudecimento contrito em torno do desaparecimentos dos meninos fere ouvidos e faz sangrar a alma das mães. São três famílias à espera. Uma longa espera. 

São vitimas da violência e do  descaso institucional, como  se fosse gente descartável.

A vida dos três meninos ressignificam  a descendência preta. São  portadores de uma história que resiste ao aniquilamento, faz séculos.

Onde estão as manifestações pretas, os protestos, a enxurrada de lives, as hashtag em mídias sociais, a pressão dos movimentos?

Por que o #Blacklivesmatter não vale para os meninos de Belford Roxo? 

 São mais de 100 dias sem notícias de Lucas, Alexandre e Fernando.

Onde estão as  três crianças?