Alagoas é um estado icônico por conta da  luta de pret@s ancestrais , mas, para a conveniência de muit@s, isso só é relevante na hora de  preencher  discursos ocos, que negam o óbvio: Alagoas é um dos estados mais racistas do Brasil. 

Em Alagoas o racismo é subterrâneo mascarado por propagandas midiáticas que vendem, o território do Quilombo dos Palmares, um capítulo significativo da história do mundo todinho, como o território da liberdade. Mas, qual  liberdade? Factoide?

Em Alagoas a pobreza de pret@s, periféric@s  explode como uma significativa curva  ascendente e  brutal de desassistidos  políticos seculares, desde Deodoro, o primeiro presidente branco e alagoano.

Pobres, pretos, periféricos e descartáveis.

Em Alagoas,o órgão institucional que deveria  fazer investimento nas políticas públicas de estado para o combate as iniquidades das desigualdades raciais ( a essência dos direitos humanos) é  transformado em espaço privado para o exercício de partidos políticos.

Psiuu! 

E todo mundo  faz um  silêncio-cúmplice, pret@s, movimentos sociais, governo,  justificando que política é assim mesmo.

O mosaico de estereótipos discriminadores vai desafricanizando conhecimentos e o pardismo bate palmas, imposta  a voz , no reafirmar  que “racismo é coisa da cabeça de pret@s.

Estamos, muit@s de nós,pret@s deseletrad@s do pertencimento, fazendo a  política suicida de perenizar a escravidão, internalizando, pacificamente,  a “democracia” imposta que é  étnico-dominante, patrimonial, autoritária e androcêntrica.

Fazendo vistas grossas para o genocídio da juventude preta, o sangue escorrendo ,agora, embaixo dos  grossos tapetes , ou para a bala de borracha-da-polícia-protetora-que-tem-alvo-certeiro.

Para o estado o custo de socializar direitos quebra a hegemonia do grupo dominante.

Sim, há um grupo dominante , enquanto ,a grande maioria de nós,  continua dominada  na frente da tv  torcendo , freneticamente, para assistir de camarote a queda d’outr@s iguais , numa autofagia sem fim.

A autofagia entre pret@s, fruto do ABC colonizador , continua  a ser o  crime perfeito.

The end!