Aos 71 anos, a preta Maria deixou de ser faxineira para entrar na Universidade.

22/02/2021 19:56 - Raízes da África
Por redação

 

Maria Guilhermina de Oliveira  nasceu em 1946, na cidade de Montes Claros (MG), morava com seus pais em um sítio ,na área rural.

Aos 11 anos,  Maria deixou o sítio e foi morar com uma família para terminar os estudos. Não terminou. 

Quando os pais mudaram para Marília, Maria foi com eles e decidiu dar um tempos nos estudos , o pai insistiu pela continuidade , mas, ela “não deu bola” e voltou-se para o trabalho de doméstica. Passava, lavava, esfregava e polia.

Com 35 anos tornou-se mãe de uma menina e desafiando as estatísticas educou e instruiu. Hoje em dia, é mãe de uma nutricionista formada.

Em 1995, com quase 50 anos, a doméstica decidiu finalizar o colegial (atual Ensino Médio). Frequentava as aulas noturnas e em quatro anos se formou.

E aos 71 anos, em  2017, Dona Maria investida de coragem e muitos sacrifícios cotidianos, foi aprovada em Arquivologia. “Não quero ouvir os outros falando ‘ah, que bom que a senhora está aqui’. Não, não! EU que fico feliz. Fico feliz comigo mesma, com o que eu consegui conquistar.”-afirma Maria, a ex-doméstica e  futura arquivista. 

Salve, a preta Dona Maria!

E sim, o racismo é um camaleão poliglota.

Fonte: https://conteudo.solutudo.com.br/marilia/de-domestica-a-universitaria-maria-guilhermina-de-oliveira/?fbclid=IwAR05wlQkcDDIaEPffpM3n5WhhmgwIvClzo8JEHQ3RcEU3WWHXaHxDC0rgLY

 

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