
É manhã de sábado e saio, andando, do corredor Vera Arruda, em Jatiúca até o centro da cidade , em um exercício semanal para despreguiçar o organismo , como também lançar um olhar investigativo sobre o percurso, de cerca de 5 quilomentos.
Caminho observando espaços e gentes, apesar de ter apostado no dia um tanto nublado, a quentura do ar me faz incomoda companhia. Andar por algumas ruas é um desafio , embaixo do sol e, até dá para contar quantas árvores tem em toda sua extensão. Senti falta do sombreamento das árvores frondosas , como espaço de refresco , fugir do calorão.
O que vemos aqui ou acolá árvores subnutridas, emparedadas e muito, muito asfalto.
O concreto quente expande a sensação térmica para todos os lados.
A Infraestrutura da capital Maceió está mais ligada ao concreto da mobilidade dos carros, do que o acolhimento das muitas gentes,habitantes.
Faltam árvores nas calçadas.
"Árvore urbana é como saneamento básico, tem que ter. Quanto menos árvores tiver numa cidade, mais quente ela ficará. Ainda há quem diga que as árvores só servem para sujar e fazer os mosquitos procriarem, nada mais errado. O que atrai os mosquitos são calhas e pneu sujos. É preciso acoplar o sistema de concreto à vegetação”- afirma Pierre-Andre Martin, professor de paisagismo e supervisor de urbanismo da PUC-Rio.
Maceió é uma cidade desarvorada. Já houve um tempo de uma Maceió mais verde.
Quem matou o verde de Maceió?
Diário de bordo- pelos caminhos de Maceió,AL, sábado, 03 de outubro..