No CNJ: Credores da Laginha denunciam e pedem afastamento de desembargador alagoano

24/09/2020 09:38 - Voney Malta
Por Voney Malta
Image

Prestes a sentar na cadeira de presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o desembargdor Klever Rêgo Loureiro foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por credores da massa falida da usina Laginha, do empresário João Lyra.

Os credores pedem apuração disciplinar e o afastamento do desembargador do caso acusando-o de atuar para favorecer a família de JL. O procedimento foi despachado para o gabinete do Conselheireiro André Godinho.  

De acordo com a petição, "Durante o curso do processo falimentar, o Des. Klever Loureiro tem perpetrado diversas violações ao instituto falimentar e a seus deveres funcionais, impedindo, por razões não aparentemente jurídicas, o seu regular processamento, a alienação de ativos e o pagamento dos credores."

Acusa ainda que a intenção é "tentar evitar o pagamento de credores na forma da lei, viabilizar a redução da importância a eles destinada e reverter o maior número de ativos para o Falido e que resta claro que o afastamento do administrador judicial, que estava trabalhando de acordo com a legislação para realizar o pagamento aos credores, e a nomeação de um amigo da família do Falido tem o nítido intuito de sobrestar o pagamento aos credores. E assim conseguiram, pois os pagamentos foram suspensos pelo prazo de 60 dias pelo Des. Klever Loureiro, podendo ser prorrogado."

Também reclama que o novo administrado judicial designado, Julius César Lopes de Vasconcelos Santos, não tem competência para a função, mantém relação de amizade com a família de João Lyra, e que "É também notória a relação próxima entre a família do Des. Klever Loureiro e a do Falido."

Leia na íntegra aqui o processo encaminhado ao CNJ.  

Caso também foi divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época. Leia aqui.

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..