Prestes a sentar na cadeira de presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o desembargdor Klever Rêgo Loureiro foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por credores da massa falida da usina Laginha, do empresário João Lyra.
Os credores pedem apuração disciplinar e o afastamento do desembargador do caso acusando-o de atuar para favorecer a família de JL. O procedimento foi despachado para o gabinete do Conselheireiro André Godinho.
De acordo com a petição, "Durante o curso do processo falimentar, o Des. Klever Loureiro tem perpetrado diversas violações ao instituto falimentar e a seus deveres funcionais, impedindo, por razões não aparentemente jurídicas, o seu regular processamento, a alienação de ativos e o pagamento dos credores."
Acusa ainda que a intenção é "tentar evitar o pagamento de credores na forma da lei, viabilizar a redução da importância a eles destinada e reverter o maior número de ativos para o Falido e que resta claro que o afastamento do administrador judicial, que estava trabalhando de acordo com a legislação para realizar o pagamento aos credores, e a nomeação de um amigo da família do Falido tem o nítido intuito de sobrestar o pagamento aos credores. E assim conseguiram, pois os pagamentos foram suspensos pelo prazo de 60 dias pelo Des. Klever Loureiro, podendo ser prorrogado."
Também reclama que o novo administrado judicial designado, Julius César Lopes de Vasconcelos Santos, não tem competência para a função, mantém relação de amizade com a família de João Lyra, e que "É também notória a relação próxima entre a família do Des. Klever Loureiro e a do Falido."
Leia na íntegra aqui o processo encaminhado ao CNJ.
Caso também foi divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época. Leia aqui.