Menina de 10 anos, estuprada e grávida é chamada de 'assassina' por parlamentares evangélicos e fundamentalistas religiosos que tentaram impedir a realização do aborto.

16/08/2020 20:09 - Raízes da África
Por redação
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Parlamentares evangélicos e um grupo de fundamentalistas religiosos tentaram impedir a realização do procedimento de aborto legal de uma criança de 10 anos na tarde deste domingo, no Recife.

Os evangélicos estavam desde meio dia em frente à maternidade, esperando a criança chegar, não permitindo que pessoas entrassem. Eles criaram uma confusão ao tentar entrar no hospital e xingaram a criança de “assassina”.  

A menina já realizou a interrupção e passa bem. Ela segue internada para a finalização do procedimento de expulsão do feto.  

A menina veio do Espírito Santo, onde foi estuprada pelo tio, para realizar a interrupção em Pernambuco, no CISAM (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), centro de referência no atendimento ao aborto legal. Apesar da determinação da Justiça para interromper a gravidez, no sábado, a equipe médica do Espírito Santo se recusou a fazer o procedimento.

“Eles tentaram invadir o hospital, chegaram até a quebrar a porta do hospital. A polícia teve que intervir. Gritavam, chamando a menina de assassina, dizendo que ela tinha que gestar um feto causado por decorrentes estupros que vinha sofrendo há quatro anos. Estamos aqui tentando salvaguardar o direito dessa criança de realizar o aborto legal, que é previsto em lei desde o código de 1940”, disse Elisa Aníbal, advogada e integrante da organização Grupo Curumim. A criança está sendo acompanhada pelo Grupo Curumim e pela Frente Nacional Contra Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto.  

 

Fonte parcial: https://bhaz.com.br/2020/08/16/evangelicos-atacam-clinica-aborto-crianca/#gref

 

 

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