Naqueles tempos, no comecinho do ano de 2020 quando  as crianças èstudavam, regularmente, fui levar o menino  à escola e na entrada me deparei  com um painel de boas vindas , com  várias crianças felizes, nenhuma preta.

Deixei o menino na salinha e fui à procura da direção para saber porque não havia a representação de crianças pretas. Falei da Lei nº10.639/03.

A diretora, depois de muitos arrodeios, afirmou que como o painel era comprado já montado, não encontrou nenhum, com a referência da qual falava.

Percebi o desconhecimento na resposta carregada de neutralidade e desculpas escorregadias.

Insisti e disse-lhe que como o menino é preto e estuda na escola ele precisa se sentir parte do ambiente. Ela, num soslaio, abriu o olho , em concordância e afirmou que iria providenciar a adequação.  

Mas, daí chegou a pandemia...

Isso pode parecer bobagem,para você, mas,  quando a gente contesta a invisibiliadade da história  do povo preto está  fazendo o enfrentamento ao racismo estrutural,  promovendo  ocupação de espaços.  

Ativismo diário.

Entende?