Entre 2014 e 2017, Alagoas registrou 9.879 casos de violência física no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). O Estado também registrou 4.784 casos de agressão com uso de força física, 2.074 casos de agressão com uso de arma de fogo, e 974 estupros no período.
Destas categorias, a única em que os homens foram maioria é a de agressões por arma de fogo – eles somaram 67% das vítimas. Já nos casos de violência física, 61% das vítimas eram mulheres, índice que aumenta nos casos de agressão com força física, em que elas foram 73%, e estupro, em que elas foram 93% das vítimas.
Nos casos de estupro em que há registro da relação entre a vítima e o estuprador, familiares (pai, mãe, padrasto, madrasta, irmão ou filho) foram os perpetradores em 14% dos estupros que tiveram homens como vítimas e 11% nos casos em que mulheres foram vítimas. Parceiro atual ou ex (namorado ou cônjuge) estupraram 3% dos homens e 8% das mulheres; pessoas conhecidas, 54% dos homens e 28% das mulheres, e desconhecidos, 23% dos homens e 51% das mulheres no Estado.
Já entre 1996 e 2016, Alagoas teve 29.697 assassinatos registrados no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). As mulheres foram 6,5% das vítimas, em uma das menores taxas do país. No entanto, 70% das mulheres assassinadas eram pretas; entre os homens, o índice de negros assassinados no Estado no período foi 77%. Em 2016, a taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes foi de 71 para mulheres negras e de 1.361 para homens negros, sendo esta a terceira maior do País.
As diferenças entre os gêneros se apresentam também no local da morte: 24% das mulheres morreram dentro de casa, o que ocorreu para 8% dos homens assassinados. Já 65% deles morreram em via pública, local de morte para 45% das mulheres assassinadas no período em Alagoas.
Fonte:https://mapadaviolenciadegenero.com.br/al/