Pensar em como farão com os filhos quando retornar ao trabalho presencial tem sido o dilema de muitos pais com a retomada de alguns setores da economia na capital alagoana e a continuidade das escolas e creches de portas fechadas, diante do decreto governamental que determina medidas de prevenção ao Covid-19.
Para conciliar a rotina, das aulas online e outras atividades dentro de casa não tem sido fácil para quem precisou voltar ao trabalho. O empresário Francys Almeida tem se encaixado perfeitamente nesse perfil. Ele precisou manter suas atividades normais de trabalho, no entanto com os dois filhos pequenos em casa a conciliação com as atividades domesticas tem sido bastante complicada.
“Tenho ido trabalhar todos os dias, já minha esposa, como trabalhar com plantões, acaba tendo folgas, o que consegue conciliar, mas quando o plantão é durante o dia durante a semana, estamos contando com a ajuda de minha mãe e minha e dos pais da minha esposa para ficar com nossos filhos”, disse ele.
Francys conta que no início da quarentena, o impacto na rotina da família foi muito grande, já que não sabiam como iriam adequar os horários dos filhos, que são totalmente dependentes dos cuidados dos pais. “Quando estavam no ritmo normal da escola, já tínhamos tudo planejado, mas nessa mudança repentina tivemos que nos adequar”, lembrou ele.
Segundo ele, mesmo com a normalização, a família ainda não terá segurança quanto aos cuidados nos ambientes externos e para os próximos meses o planejamento é manter esse cuidado dos avós.
A vendedora Thais Silva ainda continua em casa, mas se preocupa de quando precisar voltar ao escritório. Ela relata que durante o home office tem tirando algumas horas para acompanhar aulas online da filha e desenvolver as atividades diárias deixadas pelas professoras.
“Já tem sido um sufoco muito grande, pois meu salário depende diretamente do meu rendimento e tenho que conciliar isso. Não consigo deixar pensar em alguma alternativa de quando precisar voltar sem a escolar estar funcionando”, contou ela.
Mesmo contando com a ajuda da mãe, que trabalha com autônoma, a vendedora ressalta que a filha sofre com a adaptação da nova rotina e por isso ela tenta se dedicar ainda mais. “Não sabemos até quando a escola vai continuar fechada e isso alterou muito a rotina dela, principalmente a nossa, já que antes ela ficava na escola e nas outras atividades enquanto estava no trabalho”, completou Thais.