O Dia Mundial da Luta Contra o Tabaco é lembrado sempre no dia 31 de maio. As entidades da área de saúde repassam todos os anos os riscos e prejuízos provocados pelo tabagismo. Porém, no ano de 2020, este alerta ganha mais um agravante: o consumo de cigarros também é um fator prejudicial da Covid-19.

O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência à nicotina. O consumo do tabaco e de seus derivados causa cerca de 50 tipos de doenças, principalmente as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias. Elas se tornam um agravante para a Covid-19 porque gera inflamações no organismo, nos pulmões e no sistema cardiovascular.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a vulnerabilidade dos fumantes aumenta porque, além das doenças que podem desenvolver e por possivelmente já terem a capacidade pulmonar reduzida, a possibilidade de transmissão é ainda maior com o contato dos dedos com os lábios: o vírus facilmente passa da mão para a boca.

O uso de produtos que envolvem o compartilhamento de bocas para inalar a fumaça, como é o caso de narguilés e dispositivos eletrônicos, também facilitam a transmissão entre as pessoas envolvidas e a comunidade.

Uma pesquisa de 2017 feita pelo Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária aponta que a dependência à nicotina, no Brasil, mata cerca de 156.216 pessoas por ano, equivalendo a 428 mortes por dia.

Depois de muitos anos de campanhas de conscientização, o Brasil sofreu uma queda significativa na proporção de fumantes acima de 18 anos: passou de 35% em 1989 para 9,8%, em 2019. Porém, o número de dependentes do cigarro no país ainda atinge cerca de 20 milhões de pessoas.

A importância desse dia de combate ao tabagismo se dá pelo estímulo que tem causado a pessoas a pararem de fumar. O ato de deixar de fumar já traz ao organismo impactos muito positivos, como o ganho de fôlego.

Segundo médicos especialistas em doenças crônicas em decorrência do cigarro, a pessoa que ganha fôlego já vai ter também, em um curto prazo, melhoria no paladar e no olfato; e, dentro do contexto atual da pandemia, diminuir grandemente os riscos de complicações da Covid-19.

 

*Sob supervisão da editoria