O Brasil tem mais de seis mil comunidades quilombolas, com uma população de aproximadamente 16 milhões de pessoas.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, instituída pela Portaria nº 992 de 13 de maio de 2009, visa garantir a equidade e a efetivação do direito integral à saúde de pret@s, considerando que as iniquidades em saúde são resultados de injustos processos socioeconômicos e culturais – em destaque, o vigente racismo – que corroboram com a morbimortalidade das populações negras brasileiras.
A operacionalização dessa  política  é solenemente  ignorada pelos três poderes.
Os quilombos  são contingentes populacionais mais suscetíveis a agravos à saúde e a doença por conta da  extrema vulnerabilidade social, que os enquadra  nos grupos de risco para o CONVID 19.
Falamos também da  morbimortalidade, tanto de origem infectocontagiosa quanto crônico-degenerativa, além da população idosa,  e citando as doenças prevalecentes  da população negra ( anemia falciforme13,diabetes mellitus,hipertensão arterial , deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase).
A dificuldade de acesso às politicas públicas  de saúde , a precariedade em territórios, a insegurança alimentar, ausência de  equipamento de proteção e a invisibilidade  nas mídias sociais   tem  gerado  uma enorme preocupação  nas localidades de pret@s em decorrência da pandemia do coronavírus. 
Se  as comunidades  quilombolas  tem em sua populaçõ uma parcela de idos@s e doenças que se configuram dos grupos de risco, porque não estão sendo  assistidas ,pelos orgãos competentes, em relação à prevenção do COVID?
Miopia política ou racismo estrutural?

Foto: Agência Brasil