Jadson era um ser perfomático.
Ator,cantor,ativista.
Um artista espetacular que interpretava nas ribaltas os espaços coletivos de possibilidades.
Traçava caminhos e neles pincelava estrelas-guias.
A mãe falecida tem uns três anos fazia uma falta danada à alma dele.
Quem sabe, Jadson não tenha voado em busca desse encontro materno-eterno?
Letícia, mulher trans ativista, conhecia bem pouco, em encontros esporádicos.
Ambos morreram no mesmo dia, e talvez sigam junto e entrelaçados, para o diálogo com São Pedro, o que tem as chaves dos céus.
-Oi, Pedro, chegamos!-dirá Jadson ,ainda um tanto confuso pela mudança de cenário.
E Pedro, com sua imensa barba branca os envolverá em um abraço de algodão doce e de acolhimento.
Viveram o tempo prescrito na terra dos humanos ( nada é por acaso) e partem junt@s par outra dimensão.
O que importa de verdade é o que ele e ela semeram no processo de luta, no coração e na alma das muitas gentes.
A vida de cada pessoa se justifica na hora da sua morte.
Sigam em paz!

Raízes da África