Caminhavam embaixo de um sol escaldante, das 10 horas da manhã da terça-feira de carnaval, na capital litorânea queridinha dos turistas. 
Era um estirão de caminho, e de quando em vez buscavm a sombra  de árvores como  refresco do calor sufocante.
Não tinham mais a jovialidade no rosto e os gestos cansados acusavam isso . Arrastavam uma carrinho de mão repleto de produtos. Possivelmente são  ambulantes.
Cheguei mais perto para assuntar. Nada perguntei ,apenas observei.Sim, não eram mais tão jovens, as rugas e as manchas no rosto da mulher preta contavam dos tempos na estrada.
Eles caminhavam um pouco e paravam mais um tanto. Contei quatro paradas de descanso. O destino era a orla maritima e eles carregavam uma exaustão de coisas.
Eram ambulantes, creio eu, vestiam-se  de CSA X CRB e disputavam um exaustíssimo campeonato, pela sobrevivência diária.
E, esse fazer ambulante  representa um modelo de "abertura de emprego 'que surge com a advento do turismo na capital do sol e que a propaganda insiste em dizer que "tod@s ganham".
Tod@s?