A Roda Preta de Conversa: Em qual mão você, ainda, se segura?, em Porto Alegre,  iniciativa do  Instituto Raízes de Áfricas  aconteceu na noite de quarta-feira, 29/01 e juntou gente diversa e diferente. Em sua maioria mulheres pretas.
A gente se juntou para explorar as vielas estreitas da ditadura social para  descobrir as saídas em  becos e rediscutindo caminhos do ativismo/militância de pret@s.
A  democracia se afunila.
Teve lá a Ana Carla que focou na necessidade do movimento está próximo as bases: "existe o movimento-estrela que se distancia da periferia."
E a Analu, uma advogada-militante que exercita a desconstrução das práticas racistas. "Estamos formando uma associação de advogad@s pret@s para ajudar as pessoas a fazerem as denúncias".
Lilian Rose é poetisa cheia de ideais que se transformam em ações sociais para levar a poesia para os espaços marginalizados, periféricos. 
"A literatura é elitizada"- diz ela. Criou o coletivo de pessoas negras e faz parte do Sarau  Sopapo Poético , uma referência de inclusão no Rio Grande do Sul e também o Sopapinho pra crianças.
Elenir Marques da Associação de Mulheres Negras fala de sua indignação e de como se sente oprimida pelo descaso com a periferia. "Uma policial disse que as crianças eram um bando de lixo. Não sei o que fazer"- lamenta-se.
Margareth Lima, uma negra em movimento diz que  a elite branca está se apropriando das muitas ideias orquestrada pelo movimento negro, como a Economia Criativa. "Fomos nós que criamos.Precisamos voltar para a linha de frente"-alerta.
Autelina do MNU fala em capacitação e partilha. "Eu tenho me capacitado e tento dividir o conhecimento, e precisamos saber em qual mão vamos segurar".
Tobias dos Santos  afirmou-se preto acadêmico em uma area onde não há negros.' Sou estatístico. Meus amigos morreram todos.'
Vera Rosa, a parceira do  SINDISERF/RS, que acolheu a Roda de Conversa em Porto Alegre questionou: "Nesses tempos tão duros, como não se perder na caminhada. Precisamos de novas bússolas".
Ana lúcia e Telma Pereira e o Stênio Rodrigues do SINDISPREV reafirmaram que as políticas afirmativas empacaram.Estamos em um momento desafiador.

E a conversa emendou com o olho agudo do movimento de pret@s na  roda e dela saíram propostas que serão construídas, em um diálogo com muitas e tantas linguaguens pretas, por muitas mãos.
Sim, a Roda Preta de Conversa, que contou com o  apoio da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Governo do Estado de Alagoas, através da Secretaria de Prevenção à Violência e Secretaria de Estado da Comunicação foi uma experiência ímpar e reverberou em  um universo de vozes.
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