O GPS do carro, uma videochamada pelo Whatsapp, eletrodomésticos conectados, jogar online com uma pessoa do outro lado do mundo: Muitas vezes esquecemos que todos estes serviços dependem da operatividade de uma empresa de telecomunicações. É nítido perceber a evolução deste mercado nas últimas décadas e entender as tendências deste mercado é fundamental para prever os próximos passos do segmento de telecomunicações no país. 

A Selectra, empresa líder mundial em consultoria do cliente de telecomunicações e energia, e no Brasil conhecida como Podecomparar,  analisa o mercado brasileiro e a crescente de operadoras de serviço regionais pelo país.

 

Mercado de telecomunicações no Brasil:

 

Hoje, já existem muitas empresas que estão especializadas em telecom e, por isso, oferecem serviços individuais ou combinados de:

* Telefonia (fixa e móvel)

* Internet

* TV por assinatura

Porém, em uma rápida análise sobre os três grandes mercados do setor podemos ver que somente a banda larga vem ganhando novos clientes. Segundo a Anatel, no último ano foi registrado um total de 30,54 milhões de contratos ativos de banda larga, levando o Brasil a 6ª posição no ranking mundial de assinantes de banda larga fixa. 

No gráfico abaixo, ilustramos o número de contratos por operadora:

Proporcional ao potencial do nosso país, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o Brasil representa a 5ª maior rede de telecom do mundo, gerando mais de 500 mil empregos no país.

Dentro deste cenário otimista das telecomunicações, vale mencionar a nova tendência em crescimento: os provedores regionais de telecom. Com um aumento de 290 mil assinaturas somente de internet banda larga em 2019, este grupo de prestadores locais comprova a premissa de que sim, os consumidores estão mudando e o velho mercado tem sim novos poderosos concorrentes.

 

Provedores regionais de telecomunicações:

 

A tendência na busca por novos provedores de telecomunicações locais não é fruto somente da crise ou pela busca por melhores preços, mas sim na mudança de hábitos dos consumidores.

Cada vez mais conta a experiência do consumidor, atrelado a melhores preços. O que justifica a crescente nos números de clientes dos provedores locais está relacionado com o pensar em novas integrações de produtos e serviços. 

O cliente já não busca pacotes fechados, onde você é obrigado a contratar uma telefonia fixa que não faz sentido na sua vida, ou canais para sua TV por assinatura que não tem interesse em assistir, por exemplo. Serviços rápidos, digitais, on demand e de qualidade é o que busca o novo consumidor.

Trazendo números para a análise, podemos ver que no que diz respeito a satisfação do cliente em 2018 os provedores locais se destacaram no top 3. No gráfico abaixo, a pesquisa de satisfação desenvolvida pela Anatel que traz a Algar Telecom como terceira no ranking, se destacando inclusive entre as grandes do setor:

Algar Telecom  já atua em 15 estados e 350 cidades no país e segue investindo em melhorias na prestação de serviço. Tanto que teve aprovada pela Anatel o valor de multas por Ajustamento de Conduta (TAC) convertido em melhorias em atendimento, implantação de redes móveis em 4G em cidades com menos de 30 mil habitantes e em muitas rodovias nos estados de atuação da Algar.

 

Compartilhamento de infraestrutura:

 

Para que essa expansão de mercado ocorra, foi necessário que o compartilhamento de infraestrutura acontecesse. Então em 2017 a Agência Nacional de Telecomunicações por meio da resolução 683 aprovou o compartilhamento de infraestrutura à prestadoras de serviço de telecomunicações. 

A ideia é que a concorrência não seja por torres, cabos ou postes e sim em oferta de serviços, velocidade e preço.

 

O mercado de telefonia e as MVNO:

 

Uma realidade é: a telecomunicação para celulares está voltada para os dados móveis. As pessoas querem acessar seus aplicativos, estarem conectadas nas redes sociais, ler notícias e fazer videochamadas.

Hoje no Brasil o número de usuários de pacotes de dados já passou de 227 milhões. Antes, a grande parcela desse valor era de clientes pré pago, quando o usuário se contentava com um plano enxuto de dados móveis. Hoje já não é mais assim. Segundo a Anatel, 44% dos clientes já buscam planos pós pagos, que além de oferecerem melhores ofertas de dados móveis, ofertam o consumo de uma multitude de apps sem o desconto da franquia. 

Para potencializar este mercado, em 2010 a Anatel normatizou as chamadas MVNO (do inglês Mobile Virtual Network Operator) ou Operadoras Virtuais de Rede Móvel, que atuam como representantes das operadoras. Neste caso, a MVNO não possui rede nem frequência próprias, fazem parcerias para usar da rede de outras operadoras.

Estas MVNO como não precisam dedicar-se em investir na ampliação de infraestrutura, focam estrategicamente em serviços mal desenvolvidos no mercado, visando oportunidades que as grandes empresas não podem bancar pela dificuldade de logística ou operação.

 

Novos atores no avanço das telecomunicações:

 

O que podemos concluir é que os novos modelos de negócio estão ajudando a reconfigurar o mercado das telecomunicações no Brasil e no mundo. Empresas pequenas se comparadas às grandes operadoras crescem cada vez mais rápido, ocupando brechas onde as grandes não tem interesse em chegar e com a qualidade que não podem garantir devido o tamanho de suas transações.