A sombra da aposentadoria de Thiago Silva da seleção nacional paira sobre o futebol brasileiro, deixando Carlo Ancelotti com uma das tarefas mais desafiadoras como novo técnico da seleção.

Por mais de uma década, Silva personificou tudo o que o Brasil precisava na defesa central: excelência técnica, compostura inabalável, inteligência tática e o tipo de liderança que eleva toda a defesa a favorita nas apostas esportivas.

Sua saída criou um vazio que vai muito além das estatísticas defensivas.

Substituir um jogador do calibre de Silva requer mais do que identificar alguém que simplesmente saiba defender bem. A filosofia de Ancelotti exige zagueiros que possam transitar com facilidade entre a solidez defensiva e a construção criativa do jogo, jogadores que possuam força mental para organizar os companheiros sob intensa pressão, mantendo as habilidades técnicas para iniciar ataques a partir de posições mais recuadas.

A preferência do técnico italiano por zagueiros que sabem jogar com a bola e se adaptar a vários sistemas táticos torna essa busca ainda mais complexa.

A combinação única de velocidade, leitura de jogo e capacidade de manter a calma em momentos cruciais de Silva estabeleceu um padrão que poucos zagueiros no mundo conseguem igualar, muito menos os brasileiros disponíveis atualmente.

No entanto, vários candidatos surgiram como potenciais sucessores, cada um trazendo qualidades diferentes que poderiam ajudar a preencher essa enorme lacuna. Aqui estão quatro candidatos de destaque para se tornar o próximo pilar defensivo do Brasil.

 

Bremer

 

Atualmente o herdeiro mais óbvio do papel de Silva, Bremer traz domínio físico e disciplina tática aprimorada na Série A. Na Juventus, ele se tornou um zagueiro central composto e inteligente, com forte presença aérea e capacidade de antecipar o perigo.

O que o torna especialmente adequado ao sistema de Ancelotti é sua tranquilidade com a bola — ideal para a construção do jogo — e sua calma sob pressão. Bremer também amadureceu como líder, assumindo mais responsabilidades na defesa altamente estruturada da Juventus.

Embora esteja atualmente afastado dos gramados devido a uma lesão, seu potencial a longo prazo continua significativo. Quando estiver em forma, Bremer poderá ser o líder defensivo de que o Brasil precisa para enfrentar o ciclo da Copa do Mundo de 2026 e o Mundial de Clubes de 2025.

 

Eder Militão

 

Militão oferece uma vantagem única: ele já conhece o sistema de Ancelotti de cor e salteado desde o tempo em que jogaram juntos no Real Madrid, dominando o espore bet durante os quatro anos na capital espanhola.

Bicampeão da Liga dos Campeões, ele traz experiência e compostura de alto nível, além de versatilidade, sendo capaz de jogar tanto na zaga quanto na lateral direita.

Sua velocidade e recuperação se adequam à necessidade do Brasil de lidar com transições rápidas, enquanto sua facilidade em jogar em uma linha alta se alinha ao futebol moderno. Embora lesões tenham prejudicado sua participação recente, o pedigree comprovado e a consciência tática de Militão fazem dele uma escolha natural quando está em forma.

Tendo treinado ao lado de zagueiros de elite no Real Madrid, ele tem a inteligência posicional e a agilidade mental necessárias em nível internacional.

 

Gabriel Magalhães

 

No Arsenal, Gabriel Magalhães se tornou um dos zagueiros mais consistentes da Premier League. Seu perfil canhoto dá ao Brasil o equilíbrio necessário na defesa central, enquanto sua habilidade de passar sob pressão se adapta à preferência de Ancelotti por jogadas construídas a partir da defesa.

O estilo agressivo, a força aérea e a crescente disciplina posicional de Gabriel têm sido vitais para o renascimento do Arsenal sob o comando de Mikel Arteta. Fundamentalmente, ele já faz parte da seleção brasileira, com experiência na Copa do Mundo e na Copa América.

À medida que assume um papel de liderança no clube, Gabriel parece bem posicionado para assumir maiores responsabilidades na estrutura defensiva do Brasil.

 

Murillo

 

Murillo pode ser o menos experiente dos quatro, mas sua rápida ascensão no Nottingham Forest o tornou um dos jovens talentos mais empolgantes do Brasil. Calmo sob pressão e rápido em campo, ele já mostrou que pode lidar com as exigências físicas da Premier League.

Sua habilidade técnica e passes precisos atraíram o interesse dos principais clubes europeus, enquanto sua capacidade de ler o jogo e fazer intervenções importantes apontam para um alto QI futebolístico — algo que Ancelotti valoriza muito.

Ainda em início de carreira, Murillo é mais um projeto de longo prazo do que um líder imediato. Mas, se sua trajetória continuar, ele poderá se tornar uma figura importante na defesa do Brasil em pouco tempo.