Acusados de latrocínio, destruição de cadáver, roubo e organização criminosa, os três acusados da morte do professor da Ufal Daniel Thiele, vítima de latrocínio em setembro de 2017, foram condenados.

A sentença foi proferida recentemente pelos juízes que integram a 17ª Vara Criminal da Capital, privativa do crime organizado. André da Silva Firmino, conhecido como ‘Nego’, Thiago Anderson Lima da Silva e Cristiano Nascimento Germano, o ‘Copal’, vão cumprir a pena em regime fechado, comentou a assessoria de Comunicação do advogado Thiago Pinheiro.

Para o assistente de acusação do caso, advogado Thiago Pinheiro, este foi mais um processo complexo que chega ao fim. “Para a família, trata-se de uma resposta que não compensa a dor da perda, mas não deixa de ser uma resposta ao crime bárbaro cometido”.

Os três réus foram enquadrados nos crimes de latrocínio, destruição de cadáver, roubo e organização criminosa. A Justiça também aceitou os argumentos apresentados na denúncia formulada pelo Ministério Público, com base nas provas acostadas aos autos, de que eles foram os autores materiais.

Os acusados tiveram penas diferentes e foram responsabilizados de acordo com a participação na trama que tirou a vida do educador. André Firmino foi condenado a 27 anos de prisão por este crime; já Thiago Anderson Silva pegou a pena de 29 anos e seis meses; e Cristiano Germano vai cumprir 22 anos e seis meses.

A mesma decisão absolveu Luís Fernando Gonçalves de Oliveira e Fabiano da Silva Rocha do crime que vitimou o professor. Eles foram alvos de investigação por parte da Polícia Civil, citados pelo Ministério Público, mas os juízes compreenderam que não havia provas robustas contra eles neste caso específico.

O advogado Thiago Pinheiro explicou que, por falta de elementos que incriminassem estes réus, a própria acusação requereu as respectivas absolvições.

O caso

O inquérito policial enviado à Justiça aponta que, no dia 20 de setembro de 2017, os réus Thiago Anderson Lima da Silva, Cristiano Nascimento Germano e André da Silva Firmino planejaram roubar um jogo de rodas de carro no valor de R$ 7 mil e um aparelho de telefone.

O CASO

O doutor em Química foi visto em seu carro, um Focus prata de placas NLZ-2301, quando deixava a Universidade Federal de Alagoas. A Polícia Civil investiga a motivação do crime e chegou a prender duas pessoas suspeitas, que utilizaram o chip do telefone da vítima.

O corpo estava dentro do veículo, que ficou totalmente carbonizado. A Polícia Civil já havia descartado a possibilidade de sequestro e dado como remota as chances de encontrar o professor com vida. A principal linha de investigação mantida pela polícia é de latrocínio – roubo seguido de morte.

*Com assessoria