Era uma quinta-feira, a última do mês de agosto. O vendedor de sandálias estava encostado em uma barraca do mercado da produção, em Maceió, Alagoas. Nas mãos trazia um punhado de sandálias, produto de venda.
O Mercado Público da Produção é o maior mercado da cidade, e um dos mais antigos e tradicionais de Maceió. Recosntruído em 1901, pelo intendente José de Barros Wanderley de Mendonça. A obra foi entregue em 12 de outubro de 1902. Foram investidos cerca de 70 contos de réis.
O vendedor de sandálias incorpava em suas palavras uma montanha de desesperanças. A tristeza explodia dos olhos do homem. Dizia-se faminto, comeria com a primeira venda do dia. Não tinha vendido nada ainda.
Ele estava ali buscando comprador@s nos caminhos atulhado das barracas do Mercado da Produção. Muitas fechadas por conta da crise. E os comerciantes que, ainda,resistem, falam da ausência de fregues@s.
O Mercado da Produção conta histórias significativas de resistência, mas, o poder público,especificamente, a Prefeitura de Maceió, joga entulhos de indiferença em um espaço que poderia se constituir em importante atração turística, e assim estabelecer emprego e renda para quem dali sobrevive.
Rui Palmeira o prefeito poderia usar a experiência de São Paulo que tem o Mercado Municipal, Belo Horizonte, o Mercado Central, de Belém do Pará, com o famoso o Ver-O-Peso, ou do Mercado Municipal Adolfo Lisboa, em Manaus e promover uma revitalização do Mercado Público, em Maceió,AL.
Faz tempo que no espaço do Mercado Público da Produção, um centro comercial e de abastecimento, onde é possível adquirir itens tão variados como hortifrutigranjeiros, cereais, animais, roupas, calçados, artesanatos e etc e tal segue alimentando sua população de alguns desesperançados, como o vendedor de sandálias, e de um amontoado de sujeiras que se acumula nos cantos da ausência flagrante do poder público.
Até, quando prefeito Rui, Palmeira?

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