Companheiro, presidente, Lula,
É de grande importância que corpos e as vozes múltiplas , diversamente negras, que ousam falar, além da métrica da cartilha partidária, sejam ouvidos, afinal, em uma Democracia, o contraditório é sempre necessário
Apesar das ações instagrameáveis, ainda é titubeante o caminho para ruptura com as décadas de silêncio imposto pela estrutura racista e patriarcal.
O Ministério da Igualdade Racial é o resultado da luta histórica do Movimento Negro Brasileiro, e deve se constituir em um espaço institucional agregador para a presença e afirmação preta, dos extremos territoriais do país, do Oiapoque ao Chuí, mas, não o é!
Apesar dos avanços legais, o racismo e suas diversas formas estão crescendo cada vez mais, a olhos vistos.
A politica antirracista ministerial não faz ocupação em favelas, grotas, periferias e vielas, em suas diferentes complexidades e vulnerabilidades, que colidem com a pobreza, miserabilidade e onde os direitos básicos são violados.
Pelo menos , no estado de Alagoas é assim.
Companheiro Lula, tu bem sabes que Alagoas, a partir, da luta do Quilombo dos Palmares, é o estado símbolo da resistência negra ao escravismo?
Pois, é!
Neste país racista, preconceituoso e elitista o Projeto de Equidade do Ministério da Igualdade Racial, anda meio capenga.
O espaço público esta restrito para pouc@s.
Acessos interrompidos.
E, tem também, o profundo desrespeito ministerial às agendas solicitadas de representações territoriais, negras, com suas lutas legítimas e reconhecidas.
Atenção, subterrânea!
A atual política negra da República Federativa do Brasil, companheiro presidente Lula está carecendo construir pontes de diálogos reais, verdadeiras, com o coletivo social.
É preciso ouvir o contraditório, narrativas populares de vozes silenciadas pelas dobras do tempo..
Esta ativista , à esquerda, negra alagoana é uma voz divergente , como controle social, da implementação da política ministerial antirracista, que não alcança todas as gentes
E já não é hora de repensar a gestão do Ministério da Igualdade Racial?- questiona esta ativista.
Que não haja ascensão do silêncio, como resposta, companheiro, Lula!
Poder ser?!