Ela no auge da descoberta da sua identidade de gênero declarou para a família ser mulher.
A família arraigada aos princípios de que "homem nasce homem" e "mulher nasce mulher" sentiu-se aviltada em sua crença, e expulsou a moça-filha-irmã-preta- trans, porta para fora de casa.
Amigos a acolheram, mas, sem condições financeiras, ela peleja na busca da subsistência.
Universitária tem 3 semanas que não frequenta as aulas da Universidade Federal. Falta-lhe recursos. A homofobia tem uma face horrenda de direitos negados.
Em busca de reverberação das necessidades da moça conversamos com uma secretaria de estado, um defensor dos direitos lgbt e com o vice reitor da Universidade Federal de Alagoas.
Foi Vieira, o vice reitor, com quem tivemos um diálogo produtivo e nos encaminhou a reitora estudantil Silvana Medeiros,que traçou caminhos e falou que essa menina não é o único caso de vulnerabilidade que recebem, diariamente.Há inúmeros, frutos da desagregação das famílias.
A menina trans, nos seus 21 anos, sentiu o desemparo familiar, como retrato perverso e desumano das palavras que sublinhavam a fobia da diferença.
A transfobia é como um funil social programado para o extermínio.
A moça traz consigo uma punhado de des(esperança) e resiliência, quando afirma:
"Estou precisando muito de um estágio, emprego, de dinheiro. Está sendo difícil. Preciso resistir!"
E como ativista, pedimos ajuda para a moça trans que foi expulsa de casa e passa por depressão. Ela precisa de um estágio ou emprego. Alguém pode ajudar?

Raízes da África