Sergio Moro é o “jurista” da chicana

25/06/2019 00:17 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

O indecente Sergio Moro, que vestia toga de juiz, mas na real era agente de uma causa política, se enrola a cada vez que abre a boca para tentar explicar as revelações que mostram o conluio do qual fez parte. Sobre os diálogos entre ele e procuradores da Lava Jato, primeiro o homem disse não haver nada de mais no conteúdo, sem contestar a autenticidade. Dias depois, alguém deve ter soprado a ele que era melhor mudar de tática e passar a negar a veracidade do material descoberto.

E Moro levou a tática aos limites da loucura. Digo isso porque ele acaba de passar a maior vergonha com essa historinha com o MBL. Os novos diálogos que vieram a público neste fim de semana mostram o suposto magistrado chamando os integrantes do movimento de “tontos”. Ficou tão preocupado com a repercussão, que pediu desculpas à rapaziada que sempre foi “morista”.

Vejam só a mensagem pra lá de surreal que ele enviou ao MBL, segundo divulgado na imprensa: Se de fato usei o termo, peço escusas, mas saibam que têm todo o meu respeito e sempre terão. Por essas e outras, Moro nos informa que não apenas em suas sentenças, mas no cotidiano geral, resolve tudo à base de chicanas. Esse sujeito é tão confiável quanto um cidadão de bem miliciano.

O que o leitor acha desse padrão de conduta? Já pensou se a moda pega?! Um serial killer poderia adotar essa revolucionária teoria do pensamento jurídico e apelar ao seguinte argumento: “Não lembro se degolei 37 pessoas, mas, se fiz tudo isso mesmo, peço escusas às famílias das vítimas”. Você concordaria com o raciocínio do meliante? O MBL parece que achou tudo legal e sério.

Claro que a chicana pra cima dos fatos tem apenas o efeito único de jogar holofotes sobre a ridícula linha de defesa do ministro da Justiça. Mas ele sabe o que está fazendo. Os tontos do MBL vão engrossar uma manifestação de apoio ao ex-juiz, marcada para o próximo dia 30. Para não perder esse aliado, Moro não se importa de jogar mais lama em cima da própria reputação já destruída.

Na mensagem de áudio que enviou aos chefes do MBL, divulgada pelos próprios, Moro diz ainda o seguinte: Sempre agradeci o apoio que esse movimento deu não só a Lava Jato, mas... Quero externar aqui o meu respeito a todos os membros do Movimento Brasil Livre. Reparem: o sujeito é tão imbecil, que nessa gravação ele confessa a parceria com a força-tarefa – o que é ilegal.

Juiz agradecendo “apoio” a uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público?! Ora, essa operação resulta em denúncias contra investigados que serão julgados pelo... juiz. Mas se o magistrado está aliado aos investigadores, seu julgamento dos casos se torna uma impossibilidade definitiva. Qualquer estagiário na advocacia respeita o princípio elementar. A turma do Moro, não.

As reportagens do caso Moro continuarão a sair, agora na parceria Intercept-Folha. O ex-juiz que recorria a chicanas, para promover prisões à margem da lei e condenar o réu, mesmo sem provas, terá de mostrar toda sua criatividade na fabricação de mentiras como argumentos de defesa. É o que resta ao chicaneiro que se abraça ao lixo para salvar a pele. A História é implacável com esses tipos.

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