O fim das negociações para a venda de sua controlada Braskem para a holandesa LyondellBasell pode ter consequências sérias para a Odebrecht.
Ela corre agora para evitar a cobrança, por parte de bancos, de R$ 20 bilhões apresentados como garantia para empréstimos tomados.
O problema é que a Caixa, ao saber da possibilidade de a Odebrecht entrar em recuperação judicial e com o fim das negociações com os holandeses, está exigindo o pagamento antecipado de dívidas.
Embora tenha dívidas com bancos privados, o débito maior é com os bancos públicos - além da Caixa, tem o BB e o BNDES.
Uma importante reunião com os bancos está agendada para esta segunda-feira (10). Um tema previsto nesse encontro diz respeito a Atvos - empresa do Grupo que atua no setor agroindustrial e que pediu recuperação judicial, o que desencadeou reações dos bancos.
Tudo isso também porque a Caixa e o banco Votorantim são os únicos credores que não possuem garantias da melhor empresa do Grupo Odebrecht: a Braskem, cujos papéis foram dados como garantia, em 2016, por um empréstimo de R$ 6 bilhões concedido a Atvos.
O jogo agora está nas mãos dos bancos. E a atraente Braskem é a joia da coroa para os credores receberem os seus créditos.
Assim como ela é fundamental para a geração de emprego e renda em Alagoas e para ressarcir os moradores dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
Todo esse rolo jurídico tem implicações graves. Não dá para prever o que irá ocorrer e suas consequências por essas bandas.