Acalme o seu coração. Esse fato do submundo da relação entre os poderes ocorreu em Minas Gerais. Interceptações telefônicas da PF mostram o desembargador do Tribunal de Justiça, Alexandre Victor de Carvalho, propondo que o filho e a mulher dele atuem como funcionários públicos fantasmas.
Investigação foi iniciada em 2015 sobre possíveis esquemas de corrupção e troca de favores envolvendo juízes mineiros. O inquérito dos federais tenta comprovar, por causa das gravações, que o desembargador negociou com políticos e outros agentes públicos empregos para os seus parentes.
As nomeações para cargos comissionados ocorreram na Câmara Municipal de Belo Horizonte e na Assembleia Legislativa. A estratégia do desembargador era aumentar os rendimentos dos familiares.
Em troca atendia e prestava favores a políticos, inclusive apoiando uma advogada para integrar uma lista tríplice para uma vaga no TJ de Minas.
Os federais ainda flagraram Alexandre Victor de Carvalho pedindo a um advogado que repassasse causas ao seu filho – também advogado.
O caso corre em sigilo.
EM TEMPO:
1 - A ASSESSORIA DO TJ-MG AFIRMOU QUE O DESEMBARGADOR NUNCA PEDIU A INDICAÇÃO DE CLEINTES EM TROCA DE FAVORES.
2 – O TJ TAMBÉM DISSE QUE O DESEMBARGADOR ALEXANDRE VICTOR DE CARVALHO JAMAIS NEGOCIOU A NOMEAÇÃO DO FILHO.
3 – OS DEMAIS ENVOLVIDOS OU CITADOS NA HISTÓRIA NEGAM IRREGULARIDADES OU ESQUECERAM DETALHES DESSA HISTÓRIA.