Após uma vistoria, os promotores de Justiça do Ministério Público Estadual constataram que ainda existem famílias e comerciantes no bairro do Pinheiro, em Maceió, que estão na área vermelha [considerada a de risco]. O promotor José Antônio Malta Marques fez uma recomendação à Prefeitura de Maceió pedindo que essa área seja desocupada imediatamente. Já os moradores das áreas laranja e amarela podem retirados em caso de fortes chuvas.

O promotor falou com a imprensa na manhã desta terça-feira (19) e disse que também solicitou à prefeitura que seja feito um isolamento da área permitindo apenas as máquinas autorizadas e os técnicos que estão trabalhando no local. Segundo ele, é necessária a proibição da passagem de carros pesados pelo local.

José Marques disse que caso haja resistência em deixar as residências, a prefeitura deve cortar a energia, água e gás para que as pessoas possam avançar e se conscientizar melhor para a desocupação da área.

Para ele, com a chegada da quadra chuvosa a situação pode piorar e por causa disso pode ser necessário que moradores da área laranja e amarela também sejam retirados do bairro. “Não estamos tratando de uma partida de futebol, o Ministério Público está preocupado em salvar vidas”.

O promotor também disse que é importante que haja um convênio entre a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Governo do Estado para que seja montada uma sala de situação para detectar pelo radar que a Ufal possui a aproximação das chuvas de grande intensidade.

“O radar vai mostrar e os técnicos podem acompanhar minuto a minuto a situação da chuva. Eles podem avisar com cerca de 8h de antecedência e comunicar a Defesa Civil sobre a chegada dessas chuvas”, afirmou.

Malta Marques disse que com o radar é possível verificar a chuva em todo estado de Alagoas e isso também ajuda no acompanhamento das barragens existentes.

A recomendação foi entregue na manhã de hoje ao prefeito Rui Palmeira e ao coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos pelos promotores de justiça José Antônio Malta Marques, coordenador do Centro de Apoio Operacional do MPE/AL, Adriano Jorge Correia, do Núcleo de Perícias, Jorge Dórea, do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente, Max Martins, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, e Jomar Amorim, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos.

*estagiário sob a supervisão da editoria