Foi condenado a 17 anos e dez meses de prisão, em regime fechado, o réu Alderban de Souza Ferreira, acusado de matar a ex-mulher, Maria Jaciara Ferreira dos Santos, em 2017. A sentença foi lida pelo Juiz Mauro Baldini, no final do julgamento, na noite desta quinta-feira (14), em Maceió.
Alderbran foi condenado pelo crime de homicídio doloso, triplamente qualificado. Das qualificadoras, apenas o motivo fútil foi ignorado pelos jurados. Os promotores de Justiça Hylza Paiva e José Antônio Malta Marques, que queriam a pena máxima de 20 anos, afirmaram que a pena é considerada branda, diante da crueldade do crime e irão recorrer da sentença.
Apesar de não gostar da condenação, a promotora Hylza Paiva, afirmou que a ela significa “uma grande realização e a certeza de um dever cumprido com a justiça plenamente realizada, principalmente neste mês em que se comemora o internacional da mulher.
“E este crime aconteceu de forma tão bárbara, com requintes de crueldade, comprovando ainda o feminicídio, que a absolvição do réu, pra mim, seria matar a esperança de uma sociedade. No entanto, apesar de vê-lo retornar ao presídio, ainda saio inconformada com a pena aplicada e vamos recorrer para chegarmos a pena máxima”, completou
Já o promotor José Antônio Malta Marques ressaltou que o Ministério Público defendia tanto Jaciara, quanto todas as mulheres honradas de Coruripe e de Alagoas.
“A ousadia do réu reforça a visão do Ministério Público a respeito da sua estupidez e a crueldade com a qual Jaciara foi morta. Estivemos aqui, não somente defendendo Jaciara, mas todas as mulheres honradas de Coruripe e de Alagoas. Jaciara foi morta a primeira vez com o ‘mata leão’, a segunda com o esgorjamento e hoje tentaram matá-la pela terceira vez, mas o Ministério Público não deixou que isso ocorresse e o conselho de sentença fez justiça”, disse o promotor.
Segundo o laudo cadavérico, Jaciara foi morta vítima de esgorjamento que resultou em traumatismo raquimedular, ou seja, devido ao impacto algumas vértebras foram quebradas.
*Com MPE/AL