Conta o Estado de São Paulo que depois da disputa pela presidência do Senado, no início deste mês, o senador Renan Calheiros (MDB) teria se refugiado no interior de Alagoas.

E que, em conversas reservadas, ele teria dito que foi “traído” pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de quem contava com o respaldo e apoio. O filho do presidente Jair Bolsonaro, na segunda votação, pressionado pelas redes sociais, apresentou e revelou o voto em Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A expectativa agora é sobre qual Renan Calheiros irá desembarcar em Brasília – prevista para esta semana. Ele será o líder da oposição “com ódio encapsulado”, dizem seus interlocutores.

Contudo, o ex-senador Paulo Bauer (PSDB-SC), secretário especial da Casa Civil para cuidar de assuntos do Senado, avalia que “Renan já se reinventou várias vezes. Não custa se reinventar de novo”.

No Senado, o PSL de Bolsonaro, na verdade, precisa dos votos do MDB para aprovar os seus projetos. Afinal de contas, Davi Alcolumbre foi eleito com 42 votos e a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição, como a reforma da Previdência, precisa do apoio de 49 senadores.

Portanto, Renan ainda é peça importante nas futuras votações dada a sua influência no MDB, nos partidos de esquerda e em outras siglas.