A derrota sofrida na disputa pela presidência do Senado tem como consequência imediata redução do poder do MDB. O partido terá direito a apenas um nome para a Mesa Diretora da Casa, e não será nenhum dos dois vice-presidentes.

Será a Segunda Secretaria do Senado que tem como função lavrar as atas das sessões secretas, lê-las e assiná-las depois do primeiro-secretário.

Na reunião de líderes realizada nesta terça-feira (5), ciente da fragilidade de momento, o MDB do alagoano Renan Calheiros optou por não ir para o confronto, apesar de ter a maior bancada, 13 senadores.

O desejo dos emedebistas é comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O grupo contrário a Renan Calheiros admite tal possibilidade, desde que a presidência seja ocupada por Simone Tebet (MDB-MS). Se não for assim, a CCJ poderá cair no colo do PSDB.

A senadora enfrentou e eprdeu para Renan na disputa interna pela indicação para presidência do Senado. em seguida, na eleição, anunciou voto em Davi Alcolumbre (DEM-MS).

Contam que o MDB já teria aceitado essa exigência, contudo não quer aparentar para o público externo que cedeu à pressão.

Outra versão diz que se o MDB insistir na indicação do senador José Maranhão (MDB-PB), aliado de Renan Calheiros para o cargo, o presidente da Casa ameaça criar um bloco maior que o do MDB e deixar o partido sem nada. Este caso embute um risco: senadores poderiam deixar o partido porque ficariam sem nenhum espaço.

Uma nova reunião está marcada para a próxima semana.

O MDB será pragmático e aceitará o que vem sendo oferecido ou irá unido para a oposição?

O fato é que o presidente do Senado trabalha para não deixar espaço para Renan Calheiros e seus aliados nas comissões, casos de Hérder Barbalho, Eduardo Braga, José Maranhão, entre outros. Já Simone Tebet é adversária de Calheiros.