O trabalho escravo ainda é uma realidade no país. Em 2018, no Brasil, o número de trabalhadores flagrados em condições análogas às de escravo no país chegou a 1.723. Já em Alagoas, no mesmo ano, 90 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão.
Segundo informações do Ministério Público do Trabalho, além desses 90 trabalhadores resgatados no estado, 117 trabalhadores alagoanos foram resgatados nas mesmas condições em outros estados brasileiros.
No período de aproximadamente 15 anos, ainda segundo dados do observatório, 1380 trabalhadores alagoanos foram resgatados em outros estados da federação, em condições de trabalho forçado, jornada exaustiva ou com restrição de locomoção em razão de dívida – fatores que caracterizam o trabalho análogo à escravidão.
Perfil dos resgatados em AL
O Observatório Digital do Trabalho Escravo traz mais um dado: dos egressos alagoanos resgatados em condições análogas à escravidão, 39% estudaram apenas até o 5º ano do ensino fundamental. Já 33% eram analfabetos.
Ainda de acordo com dados retirados do observatório digital, 935 trabalhadores resgatados (67,7%) laboravam em atividades agropecuárias, enquanto 211 empregados explorados trabalhavam na cultura da cana-de-açúcar, o que equivale a 15,2% dos alagoanos resgatados.
Já a maior prevalência de resgates aconteceu no município de Feira Grande, com 90 casos de trabalho escravo. Dos alagoanos resgatados fora do estado, 35 trabalhadores eram naturais do município de Arapiraca.
*com Ascom MPT