Para tentar buscar uma solução diante do atraso do Ipasel Saúde no repasse de recursos financeiros a hospitais filantrópicos de Alagoas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou uma audiência na manhã desta quarta-feira (19). O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde cobrou o repasse de mais de R$ 16 milhões que está atrasado e disse que espera que a dívida seja quitada.
Representando a Sefaz (Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas), Paulo Castro disse que são muitos débitos antigos e que não estão inscritos. “Atualmente, esses débitos estão passando por auditoria na controladoria geral do estado”. Ele também ressaltou que não tem autonomia para mexer na verba do Sus.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Chico Lima afirmou que a dívida tem um déficit de R$ 500 mil por mês e que o atraso ocorre desde 2014. Cerca de 10 mil profissionais estão sendo prejudicados por causa do atraso que acabam afetando as unidades hospitalares de Maceió e do interior.
“Espero uma audiência com a data para que a dívida seja paga já que percebemos que nada evolui. Não sei até que ponto o estado está querendo resolver o problema porque não tem nada concreto”, afirmou Chico.
Chico Lima também criticou a ausência do secretário George Santoro e disse que “é necessário fazer outra reunião para convocar o próprio secretário da Fazenda já que ele quem tem a caneta e não os representantes dele”.
O representante dos trabalhadores também disse que não acha correta a justificativa de que parte da dívida era da outra gestão. Para ele, “quando se assume o governo se assume com o que há para receber com o que há para pagar. “Uma boa gestão tem que saber manusear isso”, afirmou Lima.
Por outro lado, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) Fabrício Marques pediu aos credores que as dívidas fossem apresentadas.
Na reunião, a Pestalozzi afirmou que na audiência passada foi detido pela Sesau (Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas) que havia recurso para pagar, mas que não tinha orçamento. Entretanto, o secretário da Seplag disse que houve um erro de comunicação e que não há orçamento.
*estagiária sob a supervisão da editoria