A empresa Ômega Locações que é apontada pela Polícia Federal (PF) como uma das envolvidas no esquema de licitação da prefeitura de São Miguel dos Campos [alvo da PF na manhã de hoje] também aparece como prestadora de serviço de locação de veículos para outras prefeituras alagoanas.
Segundo apurou a reportagem, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que foi às ruas [em abril desse ano] cumprir mandados contra o ex-prefeito de Mata Grande, José Jacob Gomes Brandão e mais 11 pessoas, a proprietária da Ômega é uma das envolvidas no esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 12 milhões dos cofres da prefeitura.
Já em Rio Largo, na gestão do ex-prefeito Toninho Lins, a Ômega também aparece como uma das empresas que foi contratada para o fornecimento dos veículos para a prefeitura.
Mata Grande
Conforme o Ministério Público, à época, Jacob utiliza empresas fantasmas para praticar as fraudes, entre elas a Ômega. Tais empresas concorriam nas licitações, venciam, e depois sublocavam toda a frota exigida pela prefeitura a pessoas físicas, geralmente parentes e correligionários do prefeito.
Nos contratos, ficava um percentual de 40% para o pagamento de quem sublocava os veículos e 60% eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e possíveis atravessadores.
Rio Largo
Ainda de acordo com o MP, três empresas faziam parte do esquema na gestão de Toninho Lins. Segundo o documento, em janeiro de 2014, 39 veículos foram ofertados sem licitação ao custo de R$ 122.800 durante seis meses, totalizando R$ 736.800.
A reportagem tenta contato com a empresa, mas o telefone encontra-se indisponível.