As derrotas de Ronaldo Lessa, Cícero Almeida e Célia Rocha

08/10/2018 15:07 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

Quem ganhou e quem perdeu. Depois do resultado das urnas, cá estamos a fazer avaliações sobre os nomes que teriam sido os grandes vencedores (ou os maiores derrotados) em mais uma eleição neste país. Aqui em Alagoas, é inescapável pensar em três casos em que as urnas resultaram num pesadelo para os pretendentes ao mandato: Ronaldo Lessa, Cícero Almeida e Célia Rocha foram muito mal. Em comum, o trio anda para trás, após fases em que estiveram no topo, dando as cartas. 

O caso de Lessa talvez seja o mais dramático. Ex-prefeito de Maceió e governador de Alagoas por dois mandatos, sua trajetória nas urnas tem sido complicada desde 2006, quando tentou uma cadeira no Senado, mas perdeu para Fernando Collor. Voltou a disputar o governo em 2010, sofrendo nova derrota. Aos trancos e barrancos, entrou na Câmara Federal, mas agora está fora.   

Almeida também sofreu uma derrota acachapante. Deputado federal, mas sem força para tentar a renovação do mandato, mirou a Assembleia Legislativa. Não deu certo. O homem que já foi prefeito da capital por oito anos viu sua força política evaporar em pouco tempo. O político, que sempre se comunicou fácil com as camadas populares, parece ter perdido esse capital.  

E finalmente Célia Rocha. Ex-prefeita de Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral do estado, ela tentou uma cadeira de deputada estadual. Não deu. Agora veja: em 2010 Célia conquistou um mandato de deputada federal. Seu grande erro, penso eu, foi abandonar essa conquista para, em 2012, disputar outra vez a prefeitura de seu município. Tudo em nome de alianças e planos obscuros.

Outro famoso na política alagoana que se deu mal nas urnas foi o deputado federal Givaldo Carimbão.  Apesar de seu fervoroso empenho na defesa de Nossa Senhora, não pareceu convincente aos olhos do eleitor. De quebra, o parlamentar não conseguiu reeleger o filho para a Assembleia.

Claro que há ainda Benedito de Lira e Maurício Quintella. Os dois brigaram por uma vaga de senador, mas perderam para Renan Calheiros e Rodrigo Cunha. São casos bem diferentes dos três primeiros que citei antes. Benedito talvez decida se aposentar. Quintella ainda vai aprontar muito.

A quem perdeu, é hora de reflexão para replanejar metas e ações no futuro imediato. Como esse pessoal não pensa em outra coisa que não seja eleição e poder, meio mundo já olha para 2020, quando vamos eleger prefeitos e vereadores. Mas isso é outro departamento. Hoje ainda é ressaca.

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