Duas pesquisas sobre a corrida presidencial no mesmo dia. Uma é do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, e praticamente repete os números do mesmo instituto, divulgados na última segunda-feira. Mudam apenas os contratantes dos levantamentos. A de hoje, como disse, foi encomendada pela CNI; a anterior foi feita a pedido da Globo e do Estadão. Segundo os dados, Jair Bolsonaro tem 27% das intenções de voto contra 21% de Fernando Haddad.

A outra pesquisa desta quarta-feira foi realizada pelo Instituto Paraná e divulgada pelo site O Antagonista. Aqui, Bolsonaro tem uma vantagem sobre Haddad maior que a registrada pelo Ibope. Segundo o Paraná, o capitão reformado aparece com 31% das intenções contra 20% do petista. Enquanto no ibope a diferença entre os dois é de seis pontos percentuais, no Paraná o primeiro colocado tem 11 pontos a mais que seu concorrente. Tudo, parece, dentro da normalidade.

Nos dois levantamentos, a posição dos demais candidatos também não apresenta variações significativas. Ciro Gomes continua mais longe da briga por uma vaga no segundo turno, embora não seja possível descartar essa possibilidade. Aliás, o candidato, assim como Bolsonaro, foi bater num hospital e passou por procedimento médico. Segundo sua assessoria, ele volta às atividades de campanha sem problemas. De todo modo, a notícia deu um pequeno susto em sua tropa.

Além das pesquisas, a corrida pela Presidência tem hoje mais um novo capítulo, com um debate que será apresentado pelo SBT em parceria com a Folha e UOL. Nove candidatos foram convidados e, até onde sei, todos devem comparecer, menos Bolsonaro, claro, que ainda se encontra internado depois da facada que recebeu em Minas Gerais. A novidade do debate de hoje é o horário, a partir de 17h45, ao contrário dos demais que geralmente são exibidos no fim da noite e quase madrugada.

Até o fim do primeiro turno, ainda teremos debates na Record e na Globo, sendo que este ocorre em 4 de outubro, a três dias da votação. Qual o peso que esse falatório todo terá na escolha do eleitor? Aí depende do desempenho dos senhores e senhoras diante das câmeras. A expectativa é de que Bolsonaro, mesmo ausente, e Haddad sejam os alvos de ataques mais duros nos encontros.

Bater na dupla que lidera todas as pesquisas é uma alternativa incontornável para Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Os dois apostam tudo para manter alguma chance de ainda sonhar com o segundo turno. Fora disso, como falei no texto anterior, só uma “bala de prata” de última hora para provocar uma reviravolta. Vamos ver o que os candidatos aprontam no SBT. Comento depois.