Começou nesta sexta-feira a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na TV. Na estreia, a partir das 13h, no Brasil todo, o eleitor foi apresentado aos candidatos a governador, a senador e a deputado estadual. Mas não foi bem isso o que se viu em Alagoas. Por alguma razão, provavelmente um problema técnico, a emissora geradora mostrou apenas o programa dos candidatos ao Senado.
Durante a maior parte do tempo, ficamos com aquele aviso, com letreiro branco sobre um fundo azul, no qual se lia que o horário estava destinado à propaganda eleitoral. Assim, não vimos a campanha de Fernando Collor e Renan Filho. Também ficamos sem ver a turma que está de olho numa cadeira na Assembleia Legislativa. Imagino que à noite a exibição ocorra dentro da normalidade.
A geração dos programas, nesta primeira semana, está com a TV Pajuçara. Depois, segue um rodízio com TV Ponta Verde e TV Gazeta. Em contato com o Tribunal Regional Eleitoral, apurei que algumas coligações manifestaram reclamação com o episódio. E pode até pintar alguma ação judicial.
O que ocorreu não é uma novidade. A exibição do chamado guia eleitoral sempre deu problema para as televisões locais. Sei que os partidos entregam os programas em cima da hora, atrapalham a rotina de trabalho e criam problemas com frequência. É uma receita mortal para o erro, uma falha na tarefa.
Claro que o candidato não quer nem saber. Ele estava esperando sua propaganda, mas nada aconteceu. Há quem já esteja nas redes sociais espalhando ser vítima de conspiração – e ameaçando recorrer ao TRE. É muito barulho por nada. Os partidos esperam uma explicação da TV Pajuçara.
Os programas, para não esquecer, também começaram nas ondas do rádio. E nesse caso a propaganda foi ao ar com todos os candidatos que têm o direito de falar. Até onde pude ouvir, e até onde sei, não houve falhas na transmissão. Os horários do festival no rádio são às 7h e às 12h.
Quanto à campanha ao Senado, tivemos as mais previsíveis ideias na apresentação dos candidatos. Parece um repeteco de tudo o que você já viu, a cada dois anos, quando chega mais uma eleição. Nada muda mesmo neste mundo paralelo da política. É um bombardeio de frases feitas. Por aí.