Depois da decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que mandou o Brasil respeitar a candidatura de Lula, o ex-presidente recebeu nesta segunda-feira mais uma boa notícia para ele. Pesquisa CNT/MDA mostra que o petista não para de subir na preferência do eleitorado. Ele segue firme na liderança, agora com 37,3%. No levantamento anterior, o índice era de 32,4%.
O candidato Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar com 18,8% das intenções de voto. Marina Silva obtém 5,6%, Geraldo Alckmin vem logo depois, com 4,9%, e Ciro Gomes registra 4,1%. Em qualquer cenário para o segundo turno, Lula ganharia a eleição com ampla vantagem sobre o adversário. Os dados humilham as previsões de “analistas” que davam o homem como descartado.
Deve ser uma dor de cabeça dos infernos para setores da imprensa, do Judiciário e do Ministério Público Federal ver que, mesmo com um massacre sem tréguas, o velho sapo barbudo não apenas resiste, mas sobe nas pesquisas. Ainda que seja barrado no tapetão, jogará o papel decisivo na escolha do próximo presidente. E olhe que estamos a menos de 50 dias para o primeiro turno.
Abri o texto citando a decisão da ONU em favor de Lula. Diferentemente do que ocorreu ao noticiar este fato (escondendo o assunto), os grandes veículos agora dão destaque à pesquisa. No momento em que escrevo, a novidade está no topo dos sites da Folha e da Veja, por exemplo.
Mesmo que a TV Globo faça de conta que a ONU não existe – quando se trata de Lula –, a decisão do comitê internacional tem forte repercussão nos maiores jornais do mundo. É evidente que essa cobertura fora do Brasil vai aumentar, o que tende a beneficiar cada vez mais a situação de Lula.
Como escrevi em texto anterior, as pesquisas também revelam que, se Lula for impedido de concorrer, sua força para transferir votos ao substituto será cada vez maior. Nesse sentido, Fernando Haddad tem muita chance de cravar um lugar no segundo turno e garantir a faixa.
Encarcerado na republiqueta de Curitiba desde abril, Lula é um fenômeno a desafiar historiadores e cientistas políticos em geral. Enquanto isso, peraltas que rebaixam as instituições – como o STF – fingem que está tudo bem. Mas não. Eles respiram entre a vergonha e a desmoralização.
Agora uma palavra sobre guerra suja. Em Alagoas, leio aqui no CADAMINUTO, pesquisa suspeita corre o mundo virtual contrariando, e muito, números do Ibope e do Ibrape, divulgados na semana passada. Será assim até o fim da campanha. Um veneno que as redes sociais adoram espalhar.