Filiado ao PT de Alagoas desde 1983, o advogado e diretor jurídico do movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de Alagoas (MCCE-AL), Adriano Argolo, até se afastou da sigla por um tempo, mas retornou as fileiras do partido para se posicionar contra o golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff.
Com a mãe, irmãos, filhas e esposa também petistas, ele é um das muitas vozes que começam a se posicionar contra a decisão da direção nacional do PT de fechar acordo com o PSB que impede a candidatura de Marília Arraes em Pernambuco.
“Qual o sentido de trocar uma candidatura com reais chances de vitória como é de Marília Arraes e ficar com as candidaturas no Rio, em Minas e em SP sem chances nenhuma? Pior, qual o sentido de perder quase 70% dos votos no Lula ou em seu candidato no Nordeste e trocar por isso?”, questiona.
Para Adriano Argolo, “Esse é um dos fatores da aliança espúria. Essa aliança carrega esse racismo indisfarçável dos sudestinos e sulistas contra os nordestinos. Marília Arraes tem potencial de ser uma liderança nacional. Não há ninguém do sul maravilha no PT que tem potencial como a Marília”.
Questiono dizendo que essa aliança aparenta ter o aval de Lula, foi feita pela direção nacional do partido e parece interessar ao senador pernambucano Humberto Costa. “E daí? Bonapartismo idiota. Um erro grosseiro, basta ver que a aliança rachou o partido, criou uma revolta na militância e se posiciona de cima pra baixo”, dispara o advogado.
“Uma aliança que rachou o partido, que vai proporcionar um abandono do PT e de sua candidatura nacional por parte de milhares de militantes, caso se confirme essa aliança vergonhosa, jamais será uma boa aliança, basta ver como o partido ficou e vem uns oportunistas dizer que isso é bom para o PT? Conta outra”, duvida ele.