Eleição revela o alagoano que é “comunista quase capitalista”

16/04/2018 22:14 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

A agitação em ritmo eleitoral vai produzindo, como era de se esperar, capítulos hilariantes. É comédia de todo lado. Depois de Ciro Gomes, agora é com Aldo Rebelo. Nesta segunda-feira, o alagoano de Viçosa, ex-deputado e ex-ministro, lançou sua candidatura a presidente. Como se sabe, hoje ele é um quadro no insuspeito Solidariedade. No oba-oba dos discursos, Paulinho da Força, que preside a legenda, definiu assim a ideologia do candidato: “Comunista quase capitalista”. Quem duvida?

 

Na ocasião, Rebelo não perdeu a chance de lançar farpas na direção de Joaquim Barbosa, que se filiou ao PSB para também disputar a Presidência – o que fez o alagoano sair do partido. Até um dia desses, Rebelo contava que disputaria a eleição pelo PSB, mas acabou atropelado pelo ex-presidente do STF. Segundo Rebelo, as negociações para fazer de Barbosa o candidato do PSB foram “meio nebulosas”. Claramente irritado, se referiu ao concorrente como “essa ilustre figura”.

 

Na sua tentativa de se apresentar como um homem de princípios, Rebelo se comparou às paisagens da geografia mineira: “Sou como as montanhas de Minas. Estou onde sempre estive”. Acabo de ver, no noticiário de televisão, Rebelo discursando. Ao lado dele, entre outros políticos, aparece o deputado Wladimir Costa, aquele sujeito que tatuou o nome de Michel Temer no braço. A associação entre ambos parece dizer muito sobre o rochedo que é a cartilha política do nosso conterrâneo.

 

Aldo Rebelo apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, mas hoje garante que, assim como vários outros algozes do PT, defende “a luta pela libertação do ex-presidente Lula”. Para ele, a prisão do petista é “injusta”. Seria o caso então de um preso político? Sua resposta: “Vou pensar”. Faz sentido. Vê-se que é a convicção típica de um legítimo comunista quase capitalista.

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