Análise do Observatório Político da América Latina e do Caribe (OPALC), ligado ao reconhecido Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), duvida das chances de o Brasil superar os atuais e graves problemas políticos.
Essa avaliação pessimista faz sentido. É fato que os políticos impedem mudanças. É improvável, por exemplo, que o próximo presidente, seja quem for, consiga escapar do controle e da influência da elite política.
Os escândalos proporcionados pela Lava Jato e seus desdobramentos, além de casos envolvendo prefeitos, Câmaras Municipais e Assembleias legislativas, não tem proporcionado qualquer intenção concreta para realização de uma profunda reforma política.
Na verdade, aquietam-se e por inércia impedem “qualquer projeto destinado a transformar o cenário, as regras e as práticas políticas." O documento também revela o Congresso com força para derrubar ou preservar um presidente, desde que isso lhes traga vantagens políticas e preservação dos seus privilégios.
Dessa forma ocorreu a atuação da maioria dos deputados e senadores para derrubar Dilma Rousseff e proteger Michel Temer. "Mas os congressistas não só têm o poder de derrotar um presidente ou de preservar um. Eles também são os cérebros do sistema político, prevenindo há várias décadas qualquer iniciativa de reforma política que possa pôr em perigo os seus próprios interesses e prejudicar a sua vida política”, diz o texto.
Leia a análise aqui na íntegra e tire as suas conclusões.