Depois de três anos da morte de uma criança de 5 anos, Edjane Gomes da Silva, mãe da vítima, será levada a júri popular, nesta quarta-feira, dia 22. O julgamento acontecerá na 3ª Vara da Comarca de Rio Largo e será conduzido pelo juiz Galdino José Amorim Vasconcelos.
A assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) informou que a acusada teria agredido a criança e a colocado dentro de uma caixa d'água, causando o óbito.
Segundo a denúncia do Ministério Público, depoimentos de várias testemunhas afirmam a participação efetiva da denunciada no crime, havendo relatos, inclusive, de que a vítima sofria maus-tratos frequentes. O hospital o qual a criança foi socorrida constatou morte por insuficiência respiratória, distúrbio hidroelétrico, desidratação por infecção gastrointestinal, e desnutrição.
Segundo os autos, houve instauração de Incidente de Sanidade Mental, a qual ficou evidenciado que a acusada tinha, na ocasião, capacidade de entender o caráter ilícito do ato.
O caso
No dia 15 de agosto de 2014, foi registrada a morte de uma criança de apenas cinco anos de idade na cidade de Rio Largo. A mãe, que foi presa, também foi acusada de espancar o filho e provocar essa tragédia na família. O Conselho Tutelar do município acompanhou o caso e afirmou que outras denúncias de maus-tratos e negligência na família já haviam sido denunciados por vizinhos.
A conselheira tutelar Maria das Graças Alves contou à reportagem do CadaMinuto que após ter agredido o filho, Edjane Gomes da Silva, 32 anos, levou a criança até o mini-pronto socorro Assis Chateaubriand, localizado no Tabuleiro do Martins, em Maceió. Ela estava acompanhada da madrinha da criança, quando o menor deu entrada, na madrugada do dia seguinte, em coma e com diversos hematomas pelo corpo, principalmente na região da cabeça.
Ainda no mini pronto-socorro, os médicos realizaram os primeiros procedimentos antes da transferência para o Hospital Geral do Estado (HGE) quando devido á gravidade dos ferimentos foi constatada a morte cerebral.
Em conversas com vizinhos, os conselheiros foram informados de que a mãe teria espancado a criança; os traumas na cabeça foram, provavelmente, ocasionados quando a mulher o jogou contra a parede. As denúncias dos vizinhos sobre os maus-tratos na residência eram comuns, mas segundo a conselheira, aconteciam dias após a ocorrência.
*Com Ascom TJ/AL